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Crescem as mortes por sepse

O ano passado registrou o maior número de mortes por sepse no Ceará, um total de 693, desde 2006, quando houve 724 óbitos. Os números vêm crescendo no Estado. A doença é uma infecção generalizada que acomete pessoas com o organismo já debilitado por outras patologias. A sepse costuma ser comum em pacientes com câncer terminal, pneumonia, politraumatismo, bebês em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) dos hospitais e idosos com doenças prolongadas.
 
A fim de discutir novas diretrizes para o tratamento da sepse, Fortaleza vai sediar o XVII Congresso Brasileira de Medicina Intensiva (CBMI), promovido pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). O evento começa hoje e segue até o dia 10, no Centro de Eventos do Ceará, e reunirá cerca de cinco mil participantes. Serão 310 palestrantes nacionais e 24 internacionais, além de 551 aulas.
 
Normalmente, a infecção não é o motivo básico que desencadeia o processo. Na verdade, o paciente já está enfraquecido e, então, o organismo responde à contaminação. A doença é provocada por bactéria que cai na corrente sanguínea e atinge o coração e o cérebro, conforme o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), Manoel Fonsêca. "É a causa mais frequente de mortes em UTIs, mas não é infecção hospitalar", comenta. A sepse provoca a disfunção dos órgãos e leva ao óbito, como acrescenta Fonsêca.
 
Um dos problemas é o desconhecimento de equipes de unidades de saúde, como diz a médica intensivista e vice-presidente do Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), Flávia Machado.
 
Estudos epidemiológicos brasileiros, coordenados pelo ILAS, apontam que cerca de 17% dos leitos de UTIs no País são ocupados por pacientes com sepse grave. A taxa de mortalidade no Brasil chega 55% das pessoas acometidas pela doença.
 
Conforme Flávia, é pequena a informação epidemiológica da doença no País, sobretudo no Nordeste. Mas um estudo está andamento para levantar as diferenças regionais de óbitos. "É uma das doenças mais comuns e menos reconhecidas, tanto em países em desenvolvimento como desenvolvidos", alerta.
 
FIQUE POR DENTRO 30 milhões de casos no mundo
 
Dados levantados pela GSA (Global Sepsis Alliance) mostram que surgem, a cada ano, 30 milhões de novos casos de sepse no mundo. Destes, seis milhões são neonatais e 10 milhões por sepse materna. Na última década, a taxa de incidência aumentou entre 8% e 13% em relação à década passada, sendo responsável por mais óbitos do que alguns tipos de câncer, como o de mama e de intestino.
 
O tratamento para combater a doença é feito com o uso de antibióticos, e os sintomas apresentados são falta de ar, sonolência, queda da pressão sanguínea, diminuição da urina.
 
Segundo informações repassadas pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), o Ministério da Saúde tem um programa de cirurgia segura que realiza campanhas de lavagem das mãos para evitar a contaminação por bactéria.
 
 
Fonte: Diário do Nordeste


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