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Cremesp leva à Câmara de Campinas resultados de fiscalização em serviços de urgência e emergência

O Cremesp apresentou, nesta quarta-feira (15/02), na Câmara dos Vereadores de Campinas,  a Avaliação das Unidades de Urgência e Emergência do município. O levantamento foi realizado pelo Departamento de Fiscalização da Delegacia Regional do Cremesp em Campinas, no período de 4 a 18 de novembro de 2011,  sob a coordenação da diretora e conselheira do Cremesp, Silvia Helena Rondina Mateus.
 
O objetivo do trabalho foi fazer um diagnóstico das condições de funcionamento dos serviços de urgência e emergência do município, com foco na identificação de problemas como  infra-estrutura disponível e na demanda por esse tipo de atendimento.
 
Durante as diligências no mês de novembro foram coletados dados em oito serviços de urgência e emergência que atendem pacientes do SUS, localizados nos distritos Norte, Sul, Leste, Noroeste e Sudoeste, que possuem estimativas de 200 mil habitantes por distrito.
 
As unidades avaliadas localizam-se nos seguintes distritos de saúde: Distrito Norte: PS do HC da Unicamp e PA Vila Padre Anchieta; Distrito Sul: PS do Hospital Municipal Mario Gatti e PA São José; Distrito Leste: PA Centro; Distrito Noroeste: PS do Hospital e Maternidade Celso Pierro e PA “Dr. Sérgio Arouca” e Distrito Sudoeste: PS do Hospital Ouro Verde; sendo que 50% das unidades vistoriadas (04) são Prontos Atendimentos e os 50% restantes são Prontos Socorros vinculados a hospitais gerais.
 
Dentre as principais conclusões do estudo, destacam-se:
 
Uma parcela considerável da demanda destes serviços é proveniente de pacientes extraterritoriais, isto é, aqueles oriundos de outros distritos de saúde, como também de municípios circunvizinhos, estes desprovidos de serviços de saúde de maior complexidade.
 
Há um déficit de leitos de retaguarda, principalmente de leitos de UTI, o que ocasiona, regularmente, as superlotações dos leitos de observação desses serviços, com médias de permanência incompatíveis com as características de uma unidade de urgência/emergência.
 
Há um déficit de médicos na composição das equipes de plantão, principalmente nas unidades de Pronto Atendimento, o que sobrecarrega o trabalho médico e aumenta o tempo de espera do paciente.
 
A projeção das médias mensais de atendimento produz um índice de 0,9 atendimentos por habitante-ano, resultado duas vezes acima do parâmetro preconizado pelo Ministério da Saúde (Portaria GM/MS 1.101/02), que estabelece valores da ordem de 0,45 atendimentos/habitante/ano.
 
Os índices de resolutividade dos serviços de urgência e emergência revelam que apenas 50% dos serviços avaliados obtiveram números considerados ótimos, enquanto 25% dos serviços foram classificados como ruins, e os outros 25%, como péssimos.
 
Com a finalização dos trabalhos, a análise dos resultados permitiu à equipe de fiscalização identificar as principais características dos Serviços de Urgência e Emergência de Campinas, compreender melhor a inserção dos médicos nesses serviços e apontar alguns aspectos para uma discussão mais aprofundada com as entidades médicas, gestores públicos, diretores clínicos, conselheiros municipais de saúde e todos aqueles que de alguma forma participam da gestão pública de saúde.
 
Para a coordenadora do estudo, Silvia Mateus, “esse conjunto de observações é o ponto de partida para democratizar as informações disponíveis e ampliar a discussão, condição básica para alcançarmos soluções mais adequadas, ética e socialmente, para esse problema de saúde pública”.
 
Clique  AQUI  para acessar a íntegra da fiscalização apresentada à Câmara de Campinas.
 
Fonte: Cremesp


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