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Com indústria médica, Polônia busca fortalecer economia

Parceria com o Ministério da Economia polonês pretende desenvolver empresas e ajudá-las a atuarem em um mercado que já ultrapassa US$ 500 milhões
 
A Polônia pretende mudar sua imagem e fortalecer sua economia. Para isso, alguns setores são chave para este país, entre eles o da indústria de equipamentos médicos. E não é para menos, em 2011, as empresas do setor exportaram 524.2 milhões de dólares, um crescimento significativo, pois ao se comprar com os resultados de 1992 (quase 20 anos), a cifra era de 18.6 milhões.
 
Por isso, acredita-se que há um potencial que precisa ser reconhecido mundo afora. É o que afirma o diretor do departamento de promoção e exportação da consultoria Angeron, Rafal Gorgol. A empresa, que é espanhola, atua em parceria com o ministério da economia polonês para promover e ajudar no desenvolvimento das exportações em mercados considerados potenciais, entre eles o Brasil. O consórcio (parceria entre a Angeron e o governo) tem duração de três anos (2012-2015). Na entrevista abaixo, Gorgol conta um pouco dos primeiros resultados do programa e dos próximos passos.
 
Saude Web: Como é feita a análise para entrada destas empresas no programa?
Rafal Gorgol: As empresas preparam documentos com estatísticas como turn-over, número de profissionais que trabalham no departamento de exportação, em quais países atuam e outras informações gerais. O próximo passo e ponto decisivo cabe ao Ministério da Economia. Eles checam estes documentos e estabelecem um processo, uma espécie de pontuação para cada categoria. Por exemplo, uma empresa que tem mais posições no departamento de exportação, é mais forte e tem mais possibilidades do que aquela que não tem. Assim, eles pontuam de acordo com algumas categorias.
 
Saude Web: Para as empresas polonesas entrarem nos Estados Unidos, há a grande reclamação das exigências do FDA (Food and Drugs Administration). Já no Brasil, as queixas são da Anvisa. Vocês já tentaram contato com a agência brasileira para facilitar esse intercâmbio?
Gorgol: No próximo ano, estamos organizando uma missão comercial com mais detalhes sobre o programa para as nossas empresas. Queremos encontrar especialistas locais para nos dar mais informações sobre cada mercado. Também vamos entrar em contato com instituições para conhecer mais sobre como são os procedimentos no Brasil, na Rússia, Estados Unidos e etc. Para isso, nós pretendemos nos encontrar com representantes da Anvisa, assim ela pode apresentar para nossas empresas como funciona o mercado brasileiro, qual é o processo no País, quanto tempo leva os procedimentos e etc.
 
Saúde web: Você pode falar um pouco mais sobre o projeto?
Gorgol: A economia da Polônia ainda tem um problema de imagem, pois ela ainda não é reconhecida ao redor do mundo. Por exemplo, quando se pensa no Japão se relaciona à tecnologia; quando se pensa na Alemanha é a qualidade; e na França, um bom exemplo é a moda. Agora o que se pensa da Polônia? Ela sempre ficou em “segundo plano”. O ministro da economia decidiu mudar e construir uma economia polonesa forte. Então ele fez uma pesquisa em nove países como Grã- Bretanha, França, China, Alemanha, Rússia e seus vizinhos República Checa e Ucrânia, para verificar por meio de entrevistas, o que as pessoas sabiam da Polônia, e qual era a impressão, a opinião e a imagem que tinham do país. Conversaram com vários gerentes de empresas, um dos entrevistados, por exemplo, era um diretor da Channel, na França. Bem, o resultado é que, logicamente, eles conhecem o Papa (Papa João Paulo II, Karol Wojtyla) e outras coisas. Mas quando eram questionados sobre negócios e economia, eles diziam: ‘tenho um diretor polonês em meu departamento de P&D, ele é muito qualificado e estou muito satisfeito com o trabalho dele na empresa’. Mas isso demostra que eles conhecem a Polônia por conta dos seus poloneses, porque muitos trabalham fora do país, seja por conta da empresa ou por causa da imigração. Assim, nós temos uma imagem de pessoas qualificadas, que trabalham muito e são muito dedicadas, e isso é basicamente a imagem da economia polonesa. Com este resultado, o ministro escolheu promover a economia do país e escolheu 15 setores (Alimentação, Moda e outros) para promover no exterior. Um deles é o Polska Medical, que é promovido em cinco países: Alemanha, Brasil, Rússia, Estados Unidos e Emirados Árabes, pois eles são grandes mercados potenciais.
 
Quais são os principais resultados neste primeiro ano?
Gorgol: Temos tido alguns feed-backs das companhias, depois que elas entraram no programa já se tornaram capazes de procurar um parceiro e de iniciar o negócio. Claro, há situações particulares, mas no geral, as empresas estão satisfeitas com o programa. Eu acredito que trabalhando com frequencia nos próximos dois anos, elas já estejam exportando. Em congressos no Brasil e em outros lugares, as pessoas têm demonstrado interesse em conhecer nossos produtos.
 
Fonte: Saúde Web


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