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Mulher é alvo de epidemia de violência doméstica, diz OMS

21 de junho de 2013
 
Há uma epidemia global de violência contra as mulheres, e seus próprios parceiros são os responsáveis por 38% de todos os assassinatos cometidos contra elas, aponta um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS), inédito pela amplitude de dados que reuniu ?? uma centena de estudos relacionados às últimas três décadas.
 
As estatísticas da OMS prevêem que uma em cada três mulheres sofrerá violência física ou sexual de seus maridos ou namorados. A organização mostra que, apesar de variar de intensidade de acordo com renda e fatores culturais, a violência contra a mulher atinge números alarmantes também em países de alta renda.
 
Um exemplo recente ocorreu com a mundialmente famosa Nigella Lawson, conhecida por seu programa de culinária que reproduz o conforto da cena familiar, com seus próprios filhos comendo doces e outros pratos deliciosos. A perfeição desabou esta semana, com fotos de seu marido, Charles Saatchi, agarrando seu pescoço e apertando seu nariz em um famoso restaurante londrino. Nigella saiu sozinha do estabelecimento e pegou um táxi chorando. A polícia reagiu à notícia divulgada pelos tabloides ingleses e emitiu uma advertência a Saatchi. Ele afirmou em um jornal que não a machucou e que ela chorou por eles terem brigado, não por estar ferida. Ela não comentou.
 
A reação imediata das autoridades britânicas aponta paia uma das conclusões da OMS: que as sociedades reagem de maneira diferente em relação à violência contra a mulher. Além disso, há também a possibilidade de que na Ásia e na África os dados estejam subestimados, já que muitos de seus países não possuem bons registros estatísticos. Apesar disso, o Sudeste Asiático impressiona: 55% dos crimes contra as mulheres são cometidos por seus cônjuges.
 
DANOS COLATERAIS
 
As nações mais ricas e desenvolvidas do mundo não colocam suas mulheres em uma situação muito melhor: 32,7% das habitantes de países de renda alta reportaram ter sofrido violência sexual em algum momento de suas vidas.
 
Como numa guerra, a violência causada contra a mulher não afeta apenas a pessoa atingida, mas a sociedade ao seu redor. As violentadas têm mais chance de darem à luz bebês abaixo do peso, sofrer de depressão ou alcoolismo, abortar e portar doenças sexualmente transmissíveis, segundo a OMS.
 
A organização reconhece que a violência contra a mulher não é algo novo, mas afirma que o estudo permite desmistificar o fenômeno como algo isolado. É "um padrão de comportamento que viola os direitos das mulheres e meninas, limita sua participação na sociedade" diz o relatório.
 
"Quando estudado sistematicamente, como foi feito nesse relatório, fica claro que a violência contra a mulher é um problema da saúde pública global" sustenta a OMS.
 
Para a secretária-geral da entidade, Margaret Chan, o relatório comprova a necessidade de que os sistemas de saúde dos países passem a adotar medidas para proteger a mulher.
 
- As conclusões enviam uma poderosa mensagem de que a violência contra a mulher é um problema de saúde global com proporções epidêmicas. Nós também vemos que os sistemas de saúde do mundo podem e devem fazer mais pelas mulheres que sofrem a violência ?? disse.
 
Fonte: O Globo


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