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Paquistão suspende vacinação após morte de agentes da OMS

29 de maio de 2013
 
Funcionários da saúde são alvo de extremistas desde a falsa campanha da CIA para obter DNA de parentes de Bin Laden
 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) suspendeu ontem uma campanha de vacinação contra a poliomielite no Paquistão após extremistas matarem a tiros uma das funcionárias do programa e ferirem outra. Erradicada na maioria dos países, a doença atinge proporções endêmicas no Paquistão e no vizinho Afeganistão.
 
Os programas de erradicação da poliomielite e outras doenças no Paquistão foram amplamente prejudicados pela falsa campanha de vacinação criada pelo médico Shakeel Afridi -hoje sob custódia dos militares paquistaneses. A campanha falsa foi usada pela CIA para chegar à casa onde vivia Osama bin Laden na cidade paquistanesa de Abottabad e obter o DNA de parentes do terrorista, o que levou à sua captura e morte pelos EUA em maio de 2011.
 
Para evitar que a população participe das campanhas de vacinação, grupos radicais ligados à Al-Qaeda espalharam pelo Paquistão rumores de que se tratam, na realidade, de um golpe da CIA para tornar homens e mulheres estéreis.
 
Os funcionários dos programas são acusados pelos extremistas de ser espiões americanos e se tornaram alvo de ações violentas.
 
As duas mulheres atingidas ontem trabalhavam em um programa da agência da ONU na vila de Kaggawala, nos arredores de Peshawar, quando foram abordadas por dois homens, um deles armado com uma pistola, segundo o policial Shafiullah Khan. A OMS suspendeu imediatamente a campanha, que tinha sido iniciada ontem e deveria se estender por mais três dias. Até a noite de ontem, nenhum grupo havia assumido a autoria do atentado.
 
"Após uma avaliação cuidadosa, pedimos (aos funcionários) que suspendam as atividades", disse a médica Nima Saeed Abid, chefe interina da OMS no Paquistão. "Espero que o governo (do Paquistão) providencie segurança para os trabalhadores da área da saúde."
O presidente do Paquistão, Asif AliZardari, qualificou o ataque de "covarde" e garantiu que "o governo não permitirá que militantes privem as crianças de tratamento básico de saúde". Seu comentário foi feito antes da decisão da OMS de suspender o programa por tempo indeterminado.
 
Violência. Paquistão e Afeganistão, além da Nigéria, são os únicos países onde apoliomielite ainda é endêmica. A violência é o principal obstáculo aos esforços para reverter esse quadro.
 
Em dezembro, atiradores mataram nove agentes de vacinação que trabalhavam em várias partes do Paquistão. O governo enviou policiais para acompanhar os trabalhadores, mas eles passaram a ser alvo de ataques.
 
Segundo a ONU, desde julho pelo menos 240 mil crianças deixaram de ser vacinadas nas zonas tribais, redutos de militantes islâmicos.
 
Precaução
 
"Após avaliação cuidadosa, pedimos (aos funcionários) que suspendam as atividades. Espero que o governo providencie segurança"
 
Nima Saeed Abid
 
CHEFE INTERINA DA OMS
 
Fonte: O Estado de S. Paulo


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