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Padilha anuncia R$ 12 milhões em ações de combate ao tabagismo no País

08 de abril de 2013
 
Saúde. Recursos - que poderão chegar a R$ 60 milhões, dependendo da adesão dos municípios - serão investidos em medicamentos, estratégias de prevenção e treinamento de pessoal; meta do governo é reduzir de 15% para 9% a proporção de fumantes até 2022.
 
Estratégia. Padilha participa de ato no Dia Mundial da Saúde
 
Fernanda Bassette
 
Após caminhar da Avenida Paulista até o Parque Ibirapuera em comemoração ao Dia Mundial da Saúde, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou ontem a ampliação do programa de combate ao tabagismo no País.
 
O governo estima que 200 mil pessoas morram por ano em decorrência dos males do cigarro. O governo federal vai investir R$ 12 milhões em medicamentos, ações preventivas e treinamento de pessoal, mas a verba pode chegar a R$ 60 milhões, dependendo da adesão dos municípios. A meta do ministério é reduzir de 15% para 9% a proporção de fumantes até 2022.
 
De acordo com o Ministério da Saúde, 15% das pessoas com mais de 18 anos fumam. Dessas, 14% (cerca de 2,3 milhões de pessoas) querem parar de fumar nospróximos12 meses,segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad).
 
Ainda segundo dados do governo, em 2012, 175 mil pessoas foram atendidas em unidades credenciadas ao programa de controle do tabagismo. Desde 2005, 304mil pessoas largaram o vício.
 
A meta de redução do tabagismo é ambiciosa, já que pesquisas mostram que só um em cada três fumantes consegue largar o cigarro. Entre os motivos das recaídas estão passar por uma situação de estresse agudo, como perder o emprego, divorciar-se ou enfrentar a morte de um familiar.
 
Para entender
 
Em fevereiro, o Estado mostrou que o governo deixou de lado ações de combate ao tabaco preconizadas em acordos internacionais assinados pelo País. Há mais de um ano, o Ministério da Saúde posterga a regulamentação da lei que baniu os fumódromos. Além disso, a Anvisa perdeu o prazo para tentar derrubar liminar obtida pela indústria do tabaco que suspende uma das principais medidas da agência: o fim dos aditivos em cigarros.
 
Um estudo feito pelo Instituto do Coração (Incor) e divulgado em 2012 mostra que dos 820 pacientes analisados, 257 (31,3%) chegaram a parar de fumar por um tempo, mas retomaram o vício. E apenas 276 (33,7%) foram bem-sucedidos em largar o tabaco. Os demais ou abandonaram o tratamento ou nunca conseguiram deixar de fumar.
 
Hoje existem 3 mil unidades de saúde e serviços do SUS que oferecem tratamento anti tabaco. A partir de agora, a expectativa do ministério é aumentar esse número em até dez vezes, pois a habilitação das unidades de saúde ocorrerá por meio do Programa Nacional de Acesso e da Qualidade (PMAQ), que já atinge 30 mil unidades de saúde no País.
 
Para se habilitar a ter o serviço em suas unidades básicas de saúde, as prefeituras terão de preencher no formulário do PMAQ a adesão ao programa. Nesse documento, os municípios vão informar quais unidades de saúde vão oferecer o serviço e quantas pessoas serão atendidas.
 
"Esse é um investimento programado para esse ano, mas ele pode crescer à medida que as unidades de saúde forem incluindo mais pessoas e pacientes que venham buscar encerrar esse vício", disse. Segundo Padilha, não há um registro oficial sobre o tempo que as pessoas que querem parar de fumar esperam para conseguir ser atendida em alguma unidade especializada.
 
"A atividade física é decisiva e fundamental para a pessoa parar de fumar. O SUS investe meio bilhão de reais por a no só em tratamento de doenças relacionada são sedentarismo e à obesidade", afirmou Padilha.
 
Academias. O ministro disse que o governo tem investido no programa Academias da Saúde, em que os municípios recebem verbas para montar academias ao ar livre, comprar equipamentos e contratar profissionais.
 
"Cidades que têm essas academias conseguiram reduzir em até 80% o uso de medicamentos para hipertensão e diabete, e até deanti depressivos",afirmou Padilha.
 
Hoje, existem pelo menos 1 mil academias desse tipo em funcionamento em todo Brasil.
 
Na cidade de São Paulo ainda não há nenhuma academia, mas,segundo o secretário municipal da Saúde, José de Fillipe Jr.,em 90 dias a prefeitura deverá terminar o mapeamento de locais que poderão receber esses equipamentos para depois solicitar a verba do ministério.
 
Fonte:  O Estado de S. Paulo


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