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Aumento nas suspeitas de contaminação ocorre com quatro tipos de vírus

CRISTIANE BONFANTI
 
O número de mortes por dengue cresceu nas 12 primeiras semanas deste ano na comparação com o mesmo período de 2012. Dados apresentados ontem pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, mostraram que, até 23 de março, o total de óbitos pela doença passou de 102 para 108 no Brasil. Segundo o balanço preliminar, apresentado durante audiência pública na Câmara dos Deputados, foram registrados 635.161 casos suspeitos de dengue no país até o fim do último mês.
 
Padilha observou, porém, que a confirmação, após investigação de cada caso, tende a reduzir em cerca de 30% o total de ocorrências de dengue.
 
Ainda assim, os dados mostram uma alta na quantidade de casos com relação aos anos anteriores.
 
Em 2010, houve 570,8 mil vítimas; em 2011, 303,5 mil; e, em 2012, 167,2 mil. Em relação às mortes, foram 306, em 2010, e 236, em 2011.
 
- Deveremos chegar, em 2013, ao mesmo patamar de 2010 com relação aos casos de dengue - disse o ministro, que observou que, desde aquele ano, passou de dois para quatro o total de tipos de vírus em circulação no país.
 
Sobre os registros de casos de dengue considerados graves, com internação, houve um recuo.
 
Nas 12 primeiras semanas, foram 1.243, ante 1.316 no mesmo período do ano passado. Padilha considerou que a associação entre o combate ao mosquito transmissor, o controle da forma de transmissão, e o cuidado com a saúde dos pacientes levou a esse resultado.
 
- Precisamos implementar cada vez mais isso (conjunto de medidas) - afirmou.
 
O ministro lembrou que o governo financia três projetos que buscam o desenvolvimento de uma vacina contra dengue. Outro desafio, afirmou, é reduzir as formas de transmissão do mosquito. Novos modelos já foram testados em cidades da Bahia, mas, para que eles sejam implementados em todo o país, é necessário um prazo que vai de quatro a cinco anos.
 
Em São Paulo, o número de casos em Campinas cresceu 300% no primeiro trimestre de 2013 ante o mesmo período do ano passado. Foram 752 registros de janeiro a março, contra 253 ocorrências no primeiro trimestre de 2012. Do total, três casos foram classificados como grave, um de dengue com complicações, e dois de forma hemorrágica.
 
No litoral paulista, a Baixada Santista tem cinco cidades que já decretaram epidemia da doença: Santos, Praia Grande, Cubatão, São Vicente e Guarujá (decretada ontem pelo município).
 
De 1º janeiro até 30 de março, foram confirmados mais de 5 mil casos da doença e uma morte, em Santos.
 
PADILHA: FALTA DE MÉDICOS É CRÍTICA NO PAÍS O ministro da Saúde também defendeu que o Brasil abra o debate e implemente mecanismos públicos para permitir a entrada de médicos estrangeiros no país. Ele disse ser favorável ao Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) e, sem defender um modelo específico, citou exemplos de políticas de países como Estados unidos, Inglaterra e Canadá.
 
- Depois de cinco anos, se quiser exercer (a profissão) em outra área, (o médico) tem de prestar um exame - disse o ministro.
 
Ele considerou o debate "crítico", e avaliou que o país precisa tomar decisões urgentes para enfrentar o problema. Padilha destacou que, enquanto o Brasil tem 1,8 médico por mil habitantes, a Argentina tem 3,2 e Portugal, 3,9. Nos Estados Unidos, esse índice é de 2,4; no Reino Unido, de 2,7; e na Austrália, de 3,0. Entre 2003 e 2011, a diferença entre admissões de primeiro emprego e egressos das faculdades de Medicina ficou negativa em 53.711.
 
- A urgência de tomarmos medidas em relação à formação de profissionais é porque o ciclo de resposta para isso demora de seis a oito anos - disse Padilha.
 
O ministro também destacou que 25,9% dos médicos que atendem a população americana não são formados nos Estados Unidos e que, na Inglaterra, 37% dos médicos conquistaram o diploma fora do país. Padilha lembrou que, sempre que conversa com prefeitos e governadores, sofre "pressão fortíssima" devido às reclamações de falta de profissionais.
 
- Tem prefeito que diz que é difícil abrir hospital porque, para abrir leito de UTI, tem de ter médico intensivista - disse.
 
Fonte: O Globo


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