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Vírus H1N1 já tem resistência a medicamento

19 de março de 2013
 
Antiviral não é suficiente para combater um dos tipos de gripe suína, mostra estudo
 
Especialistas australianos descobriram um tipo do vírus da Influenza A(Hl.Nl) resistente ao Tainiflu (oseltamivir), medicamento antiviral comumente prescrito nos casos de contaminação. A notícia preocupou os cientistas quanto à possibilidade de um novo surto da chamada gripe suína, que causou a morte de 2.060 pessoas no Brasil em 2009, ano da pandemia da doença. No mundo, cerca de 200 mil pessoas morreram. A descoberta foi apresentada durante o Encontro Científico Anual da Sociedade Australiana de Doenças Infecciosas.
 
- A principal preocupação é que estes vírus resistentes possam se espalhar globalmente, da mesma forma que ocorreu em 2008 e 2009, quando o então tipo do vírus 1I1N1 desenvolveu resistência ao oseltamivir e percorreu todo o mundo em menos de 12 meses - afirmou à BBC o cientista Aeron Hurt, um dos chefes do estudo e coordenador do Centro Colaborador de Referência e Pesquisa sobre Influenza, em Mel- bourne (Austrália), órgão ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS).
 
Medicamento menos utilizado, o Relenza (zanamivir) ainda tem efeito contra o vírus "H1N1 como foi chamado o tipo resistente pelos australianos. Casos similares foram registrados em oito pessoas no Reino Unido, e sua agência de proteção à saúde já informou que está monitorando a situação.
 
RISCO DE NOVO SURTO GLOBAL
 
Este tipo de vírus resistente ao Tamiflu é, entretanto, relativamente raro e afeta cerca de 2% dos que foram infectados pela gripe suína, mostraram os estudos na Austrália. Ainda assim, como os tipos de gripe suína são bastante sujeitos a mutações, elos alertam para a possibilidade de outras variações desenvolverem esta resistência.
 
- A transmissão e circulação do vírus H1N1 permanece um risco para o futuro - disse Hurt. - O monitoramento cuidadoso entre os pacientes é muito importante.
 
A resistência ao Tamiflu ocorre quando um indivíduo em tratamento recebe a droga para controle dos sintomas. Na maioria dos vírus da gripe, as mutações que tornam o vírus resistente ao tratamento também o tornam menos potencialmente transmissíveis. Com a gripe suína, isto não aconteceu, e o vírus continuou forte o suficiente para se espalhar. Uma pesquisa com pacientes em Newcastle, na Austrália, em 2011, mostrou que doentes desenvolveram resistência mesmo sem terem tomado o Tamiflu, já que apenas um deles tinha feito uso do medicamento, enquanto 20% dos pacientes contaminados com o H1N1 na região tinham , resistência a ele.
 
A transmissão generalizada de uma cepa resistência é uma preocupação de saúde pública - defendeu o pesquisador. - A resistência às drogas reduz significativamente as opções de tratamento especialmente para pacientes graves. A única forma de combater o crescimento da resistência destes tipos de vírus é controlar o uso de medicamentos, para serem utilizados apenas no casos mais necessários.
 
A contaminação do vírus do H1N1 se dá por via oral, de pessoa para pessoa, e provoca o surgimento de febre e tosse ou dor de garganta, dor de cabeça, muscular ou nas articulações. Segundo o Ministério da Saúde, hoje os médicos brasileiros estão orientados a prescrever o Tamiflu aos pacientes que apresentarem os sintomas, até mesmo antes do resultado dos exames. Oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a droga tem eficácia nas primeiras 48 horas de infecção. Ela também é encontrada em farmácias e vendidas com receita médica.
 
Durante o surto mundial do vírus, registrado em 2009, pesquisadores descobriram que mulheres grávidas, crianças abaixo de 5 anos ou idosos acima de 65 anos são os suscetíveis à doença. Campanhas de vacinação sazonais são feitas hoje como forma de controlar novos surtos. 
 
Fonte: O Globo


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