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Saúde: novo ponto reduz faltas

11 de março de 2013
 
Controle biométrico leva a queda de até 80% na rede estadual
 
Vera Araújo
 
O controle mais efetivo da frequência dos médicos na rede estadual de saúde, com a implantação do ponto biométrico (é feita a leitura eletrônica das digitais), reduziu em até 80% o número de faltas nas unidades nos últimos quatro anos, desde que os equipamentos foram instalados. Como O GLOBO noticiou ontem, tanto o Ministério Público Federal quanto o Ministério da Saúde afirmam que a falta de profissionais tem levado ao fechamento de leitos nos hospitais conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS). A Secretaria municipal de Saúde pretende começar a instalar o ponto biométrico em sua rede em três meses.
 
Na rede estadual, além do ponto biométrico, foram implantados o Sistema de Controle de Escalas (Sices) e o Centro de Coordenação e Controle (C3), a partir de 2009. Quando algum profissional falta, mesmo que seja em cima da hora, é recrutado um outro médico, geralmente de cooperativa, para suprir a ausência de imediato. O faltoso tem um prazo de 48 horas a uma semana para fazer sua defesa. Segundo a Secretaria estadual de Saúde, os médicos que não apresentam justificativa têm seus nomes colocados numa lista enviada ao Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), a fim de que seja apurado se feriram a ética da profissão.
 
No ano passado, foram abertos 42 processos administrativos e duas sindicâncias para apurar as faltas dos médicos. Na avaliação do subsecretário de Gestão da Saúde, da Secretaria estadual de Saúde, coronel Sylvio Jorge de Souza Junior, os três sistema integrados reduziram bastante o número de faltas nas unidades. A média de ausências nas UPAs antes de 2009, por exemplo, era de 45%. Atualmente, é de menos de 8%.
 
- Ainda há muitas dificuldades para arrumar médicos de determinadas especialidades. Mas o controle que fazemos é único no Brasil e vem trazendo bons resultados - disse o subsecretário Sylvio Jorge.
 
Fonte: O Globo


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