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Com hospital e ESF, Restinga terá SUS local, garante Fernando Torelly

21 de janeiro de 2013
 
 
Torelly ressalta o aumento da empregabilidade e da geração de renda na região
Juliano Tatsch
 
A partir do segundo semestre de 2013, o extremo Sul da Capital contará com um hospital geral com atendimento 100% via Sistema Único de Saúde (SUS). O Hospital da Restinga é resultado de uma parceria entre o Hospital Moinhos de Vento (HMV), que construiu o prédio e irá gerenciar seu funcionamento, a prefeitura de Porto Alegre e o Ministério da Saúde. Em entrevista ao Jornal do Comércio, o superintendente do HMV, Fernando Torelly, destaca que, a instalação do hospital, junto com a Estratégia de Saúde da Família (ESF), fará com que a região tenha um SUS local.
 
Jornal do Comércio - Como será o processo de contratação de pessoal para trabalhar no Hospital da Restinga?
 
Fernando Torelly - Desde que passamos a construir o hospital, começamos, também, a oferecer curso de técnico em enfermagem para a comunidade da Restinga. Já formamos quatro turmas de técnicos, e a maioria deles já foi contratada, ou está sendo contratada, para trabalhar no Moinhos de Vento. O que significa que, quando abrir o hospital, transferiremos esse grupo de técnicos. O local será inaugurado com a cultura do Moinhos de Vento. Essas pessoas estão trabalhando aqui, com as rotinas do hospital, com o padrão assistencial. Vamos reproduzir na Restinga nosso padrão de assistência do Hospital Moinhos de Vento no Sistema Único de Saúde (SUS). Isso, para nós, é muito importante. Se abríssemos um hospital e contratássemos uma equipe toda nova, dificilmente iríamos conseguir reproduzir o nosso padrão. Quem trabalha lá são colaboradores do HMV, com o mesmo padrão de remuneração de quem trabalha aqui, mesmo critério de seleção, treinamento e capacitação. Já estamos no processo de qualificação da equipe. Já devemos ter, entre funcionários contratados trabalhando no Moinhos e no pronto-atendimento na Restinga, que será a futura emergência, mais de 150 profissionais.
 
JC - Qual o tamanho da cobertura assistencial que o novo hospital dará para a região?
 
Torelly - Temos seis equipes de Estratégia de Saúde da Família, para que possamos fazer a cobertura da população. Faltam equipes. Estamos conversando com a Secretaria Municipal de Saúde, porque o ideal é que o hospital tivesse todo o território coberto pela ESF. Assim, teríamos o modelo do SUS que todos estão buscando. No hospital, se tem acesso ao prontuário da ESF, e, no posto, se tem os exames feitos no hospital. O mesmo sistema informatizado integrado em toda a região. E isso faz parte do projeto. Estamos identificando qual será o sistema de informática que instalaremos no hospital para que possamos fazer a integração e formemos uma rede. Um modelo de atenção primária, com ESF, uma emergência, um ambulatório de especialidades médicas, um centro de diagnóstico, internação, centro cirúrgico e também, o que é bem interessante para o pessoal da região, uma maternidade. As pessoas poderão nascer na Restinga.
 
JC - A zona Sul da Capital, em especial o extremo Sul, é carente de hospitais. O que o novo empreendimento representará para a saúde daquela população?
 
Torelly - A zona Sul é a região mais carente em serviços de saúde em Porto Alegre, porque se leva 30 minutos da Restinga ao HPS, quando o trânsito está bom. O projeto, com a implantação do hospital, da escola para formar as pessoas da comunidade, e, também, dos postos de Estratégia de Saúde da Família, vai representar a criação de um Sistema Único de Saúde local, que segue todas as normas constitucionais que o SUS rege e muitas vezes não conseguimos ver implementado em outros lugares. Isso também irá significar um aumento da empregabilidade na região e da geração de renda. Cada leito em um hospital tem de quatro a cinco funcionários. Devemos ter de 400 a 500 funcionários próprios, fora os que irão trabalhar para fornecer serviços para o hospital.
 
JC - Quais os diferenciais que o projeto de construção do hospital possui?
 
Torelly - Temos, por exemplo, treinado as pessoas para trabalharem na obra. Todos os resíduos da construção estão indo para as usinas de reciclagem da região. É o primeiro hospital verde da cidade. Tem todo um projeto ambiental com características diferenciadas, como um telhado de grama. É um hospital que está sendo construído com os padrões mais modernos. Os últimos grandes hospitais de Porto Alegre foram construídos há 30, 40 anos, com uma concepção de hospital vertical. O Hospital da Restinga é horizontal, o que permite que se trabalhe com fluxos de comunicação mais adequados. Outro ponto importante é que a primeira coisa que o Moinhos fez, quando iniciou o projeto, foi uma pesquisa epidemiológica na região. Visitando várias casas e mapeando as necessidades da população. É uma instituição que está sendo planejada com base em um diagnóstico de necessidades da população. Nós analisamos os indicadores para, depois, implementar o hospital, e após um tempo, verificar que impacto esse aparelho hospitalar e mais as ações de promoção à saúde irão trazer para a região em termos de melhorias de indicadores, que é o objetivo maior.
 
Fonte: Jornal do Comércio RS


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