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Ministério quer plano sem internação compulsória

18 de dezembro de 2012
 
COMBATE AO CRACK
 
Intenção da pasta é que o atendimento no Rio contemple assistência ambulatorial nos Locais onde se concentram os dependentes químicos, além de centros de apoio psicossocial
 
» ISABELAVIEIRA
 
DA AGÊNCIA BRASIL
 
Priorizar a assistência à saúde em vez da internação compulsória dos dependentes químicos, principalmente de crack, no Rio de Janeiro. Ao menos, é o que espera o Ministério da Saúde (MS), que vai financiar parte do Plano Municipal de Atendimento ao Usuário de Crack e Outras Drogas, previsto para ser anunciado ainda este ano.
 
De acordo com Aldo Zai- den, assessor da área técnica de Saúde Mental do ministério, o plano oferecerá serviços 24 horas, incluindo atendimento ambulatorial no locais onde estão concentrados os dependentes químicos, além de centros de Atenção Psicossocial (Caps) especializados no tratamento destas pessoas.
 
"Os equipamentos que estão sendo pactuados e financiados são os Caps, enfermarias especializadas e Consultórios de Rua, quer dizer, um tratamento ambulatorial, territorial, de internações breves para desintoxicação do paciente", disse Zaiden, que é psicólogo e participou, ontem, do Seminário saúde e políticas de drogas: é preciso mudar.
 
Modelo
 
Carro-chefe do programa do governo federal Crack, é possível vencer, os consultórios de ruas são formados por uma equipe de médicos, psiquiatras, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, além de pedagogos. O ambulatório é móvel e fica instalado em ônibus ou furgão. O veículo é deslocado para as áreas da cidade onde se concentram os dependentes químicos.
 
Portugal
 
A aproximação da equipe médica com os usuários de drogas nas ruas pode levar algum tempo, mas é a forma mais eficaz de assegurar tratamento para dependência química e atendimentos em saúde para os usuários de drogas, avalia Paula Marques, do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, de Portugal, que também participou do seminário.
 
Segundo Paula, as cidades
 
portuguesas têm um projeto semelhante aos consultórios de rua, programa importado da França, em que uma equipe atende em um furgão. Primeiro, para se aproximar, são ofertados utensílios para redução de danos, como seringas, mas com o tempo, os profissionais conseguem conversar com os doentes e encaminhá-los para uma consulta ou terapia.
 
"Só sai da droga quem quer, e a motivação é uma coisa muito difícil, mas é um caminho", disse Paula. Em seu país, o governo tem como alvo os usuários de heroína, por exemplo. "O consumidor de crack é diferente, é mais agressivo, cada país precisa encontrar sua saída."
 
O assessor do Ministério da Saúde destacou que, apesar de iniciativas de deputados federais, tentando institucionalizar a "internação compulsória em massa", a medida não é bem vista pela sociedade e por especialistas. "A internação é o último recurso, depende de avaliação por profissionais de saúde, não por agentes da segurança pública", declarou Zaiden.
 
Desde 2011, a Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio, que faz operações conjuntas com os órgãos de segurança, acolheu 5.141 dependentes químicos que viviam nas ruas, sendo 4.468 adultos e 693 crianças.
 
Prevenção
 
PMs e Guarda Municipais são treinados para atender aos usuários
 
DA AGÊNCIA BRASIL
 
A Secretaria de Estado de Segurança, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação (See- duc), formou ontem 48 operadores de segurança, entre eles policiais militares, civis eguardas municipais, para atuar no combate ao crack. A formatura ocorreu na sede do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), na Zona Oeste, ea equipe graduada vai integrara equipe que vai atuar no programa do governo federal Crack, é possível vencer.
 
Os 48 operadores de segurança foram treinados para trabalhar em áreas de uso do crack, facilitando a integração entre as ações das políticas de saúde, de assistência social, de prevenção e de segurança pública. O critério para a escolha dos participantes privilegiou os membros dos batalhões situados em localidades onde existe maior
 
incidência de usuários da droga, como o 3 o Batalhão de Polícia Militar, no Méier, que atua na área do Jacarezinho.
 
De acordo com a Coordenadora Estadual de Polícia Comunitária, Leiriana Figueiredo, o objetivo é integrar e otimizar o trabalho desenvolvido pelas autoridades. "A intenção é reforçar o aspecto de proximidade com os usuários de drogas e também trabalhar de maneira integrada com as áreas de saúde e assistência social", explicou.
 
Segundo a Instrutor» do Proerd, Renata Viana, a iniciativa serviu para os policiais se conscientizarem da importância do papel que eles desempenham na sociedade em relação ao combate às drogas. "A importância desse curso foi focada em pessoas que estão em situação de rua. Aprendemos sobre abordagem, sobre os danos que o crack causa, o vício que ém uito rápido", disse Renata.
 
Fonte: Jornal do Commercio RJ


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