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2012 - 35 - 650 - DOMINGUEIRA - FILAS NA SAÚDE

1.PRIMEIRA PÁGINA – TEXTOS DE GILSON CARVALHO
 NOVOS PREFEITOS E AS FILAS CRÔNICAS  (ENTREVISTA AO O VALE – DEZ. 20112) 
 
 
GILSON CARVALHO
 
JORNALISTA BEATRIZ (BIA):
A proposta é tentar dimensionar o modelo e o custo do modelo para zerar a fila da saúde em São José. Fala-se muito nos mutirões, mas eles realmente resolvem? A prefeitura informou que realizou 25 mutirões de saúde nesse ano e as filas continuam. Gostaria que o senhor avaliasse esse cenário. Seguem algumas questões.
 
BIA: A Secretaria de Saúde de São José dos Campos tem uma fila de espera por
consultas eletivas (agendadas com especialistas) com quase o dobro da capacidade  mensal de atendimento da rede. São 37 mil pedidos na espera para uma oferta mensal de até 20 mil consultas. Como é possível zerar essa fila e qual o tempo necessário? E qual o valor estimadopara atender essa demanda?
 
GC:. Temos, em primeiro lugar, que entender melhor esta questão da fila, caso contrário esta fila pode ir sendo atendida e ao mesmo tempo, de outro lado já tem outra se formando. Tem-se que buscar solução na raiz do problema.
A fila em todos os lugares e áreas é resultado de duas variáveis: oferta e demanda. A inexorável lei de mercado aqui também se aplica. Fila de banco, fila de cinema, fila do futebol, fila do metrô, fila do benheiro feminino, fila da pipoca etc… A demanda de ações e serviços de saúde está na dependência de necessidades reais como o aumento da expectativa de vida, a mudança da ocorrência de doenças e agravos à saúde e as demandas causadas por insuficiência ou ineficiência. Disturbios da qualidade e da quantidade. Assim existem na demanda de ações e serviços de saúde  questões  controláveis e sob nossa governabilidade. Tenho absoluta certeza de que este número de pessoas que demandam os serviços especializados de saúde podem e devem ser atendidas urgentemente (aquelas que ainda restam na fila!). Mas, também, tenho certeza de que  este número pode ser significativamente menor se melhorarmos os primeiros cuidados com atendimento nas unidades básicas de saúde, no programa de saúde da família, no pronto atendimento. A melhora tem que ser na oferta de mais serviços e na qualidade dos serviços ofertados. Estaremos assim agindo nas duas varáveis: demanda de melhor qualidade (pelo atendimento melhor e mais rápido) e melhor oferta emquantidade e qualidade de serviços.
Quanto ao número específico de demanda correspondente a dois meses de oferta de serviços tem-se que tomar cuidado pois podemos simplesmente estar trocando seis por meia dúzia. Atendendo o passado (necessário e justo) e deixando a demanda recente para atender no futuro.
 
BIA:Os maiores atrasos são para especialidades como reumatologia, ortopedia, oftalmologia e dermatologia, cuja demanda reprimida chega a 15 mil consultas. Quais os principais entraves na contratação desses procedimentos. Eles possuem custos mais altos?
GC:. São especialidades que estão com falta de profissional no publico e no privado. Claro que, quando não existem profissionais, passa a haver uma pressão para melhora salarial (oferta e demanda!!!). Nada se falou sobre pediatras e clinicos gerais. São duas áreas, principalmente a pediatria em que temos falta evidente de profissionais com tendência a se agravar como a falta de pediatras.
 
BIA:O prefeito eleito Carlinhos Almeida pretende ampliar convênios com Antonio daRocha Marmo, Pio 12 e reeditar contrato com a Santa Casa. Essas entidades possuem profissionais com essas especialidades. Como o senhor avalia essa proposta do novo governo?
GC:. No momento é a saída mais correta e de efeito mais rápido. A prefeitrura não conseguiria estes profissionais como empregados da prefeitura. Deveria ser feito previamente concurso publico que demanda tempo. No meu entender tem-se que chegar ao limite de atender urgentemente estas pessoas e o caminho é contratar serviços de terceiros, situação absolutamente legal no SUS. Além destes que são os parceiros prioritários, os filantrópicos, tem-se também que buscar ajuda complementar até no privado lucrativo. Comprar serviços desaúde privados para completer a oferta do publico é uma possibilidade constitucional.
 
BIA:Carlinhos também pretende buscar recursos no Ministério da Saúde para a
realização de mutirões já a partir de janeiro. Procurado, o Ministério informou que háverbas para mutirões, mas na lista de cidades contempladas São José não estápresente. Como é possível buscar recursos para esses mutirões no governo federal?
GC:. O Carlinhos ainda não é prefeito e portanto nenhum documento oficial seu, como representande de São José dos Campos poderia estar formalmente no Ministério da Saúde. Senão por questão legal, pela ética também. Se lá existisse algum seria originário da atual administração. Pela informação damídia de que nada foi encontrado lá, é porque nada foi enviado pela atual administração. Foram apenas contatos e conversas e a leitura das portarias do Ministério da Saúde, referents ao tema O Ministério da saúde criou esta possibilidade de acertar a demanda reprimida de uma série de procedimentos e abriu para isto transferências novas de recursos. Além disto liberou o uso de recursos federais hoje já transferidos aos municípios para serem utilizadosnesta complementa
Cão. Esta possibilidade estava vedada por Ministros anteriores do Governo FHC. Além destas duas hipóteses o município pode usar recursos próprios que nunca sobram, mas que podem ser redirecionados como repriorização.
 
BIA: Na sua avaliação qual o modelo ideal a ser aplicado na gestão da saúde pública de São José para zerar a fila?
 
GC:. Tenho repetido isto para São José dos Campos e para todos os prefeitos e secretários de saúde do Brasil. O grande investimento tem que ser em primeiros cuidados com saúde. Atender as pessoas antes que adoeçam, no começo de suas doenças ou quando já adoecidas. Nos casos agudos ou nas condições crônicas grande motivo de uso dos serviços de saúde.
Por fim é importante lembrar que os mutirões irão demandar outras ações e serviços como exames, terapias, internações clínicas e cirúrgicas. Tem que haver compromisso da administração de que vá dar conta disto e de que os parceiros aceitem e em que condições, atender aos casos necessidatos de cuidados hospitalares. 
 
 
 
2. SEGUNDA PÁGINA – TEXTO DE CONVIDADOS
PRÊMIO MEU SORRISO 2012 – PAULO CAPEL NARVAI
CAROS AMIGOS E AMIGAS:
dezembro já vai pela metade e, como em todos os anos, o 'clima' de Natal já vai se esparramando por tudo, tem aquelas musiquinhas em todos os cantos, neve de isopor e bolinhas de sabão fazendo a alegria da criançada e dos marmanjos de todos as idades...
pois é… isso mesmo, é chegada a hora de eleger o ganhador do ´Prêmio Meu Sorriso do Ano 2012´.
para isso, estou consultando-os(as) para, mais uma vez, se puderem, me ajudar nessa eleição.
aliás, para mais informações sobre esse Prêmio, ou seja, para ´pegar o espírito da coisa´, veja ´
sim, eu sei que o mundo anda ´brabo´ e que as coisas não estão lá para gracinhas etc e etal. Mas, não podemos ´jogar a toalha´, certo?
(neste ano, pela primeira vez, consulto também meus amigos aqui no Facebook)
bom, para o prêmio de 2012 estão cotados oito pré-indicados ao longo do ano por meus amigos (ordem alfabética):
1) Dilma, pelo não-sorriso ao estar frente a frente com Joaquim Barbosa. Que olhar foi aquele?
2) Fernando Haddad, pois ´um poste´ não conquista mais de 1 milhão de 700 mil votos como aconteceu em 7 de outubro, dia do primeiro turno das eleições paulistanas, nem mais de 3 milhões e 350 mil votos, como ele conseguiu três semanas depois, em 28 de outubro. Naquela noite foi impossível saber quem sorria mais, ele ou a esposa e filhos...
3) Joaquim Barbosa, porque, para muitos, é ´o Pelé do Planalto´, e segue firme. Depois de tudo, assumiu a Presidência do máximo Tribunal brasileiro.
4) Lula, porque, segundo o Obama, Lula ´é o cara´, porque fez o que fez, é o que é, vem sendo candidato ao Prêmio desde a sua criação (do Prêmio, não a do próprio...), nunca ganhou embora tenha sido várias vezes o mais votado, e porque, agora, está sendo acusado por ninguém menos do que Marcos Valério, o sujeito de maior credibilidade em todo o cosmos;
5) Mariano Rajoy, o ´presidente del gobierno´, da Espanha, cujo primeiro ato ao tomar posse foi acabar com o direito universal à saúde naquele país, colocando-se de joelhos para os bancos que mandam no Euro, ou seja, na União Europeia. Depois veio o resto. Coisa amena, como isso de os bancos espanhóis desalojarem, em dezembro, 500 famílias por dia. Genial esse ´señor´ Rajoy, não? Cada vez que o sujeito sorri eu sinto um frio na espinha...
6) Niemeyer, pelo conjunto da obra e por não ter medo de usar uma palavra muito útil e frequente em seu repertório: ´merda´, quase sempre acompanhada de um sorriso generoso...
7) Obama, porque Obama é o cara, certo?
8) Tite, porque soube ´dar a volta por cima´. Embora perca a respiração cada vez que ouve a palavra Tolima, manteve o cargo de técnico do Corinthians, manteve o time, se manteve firme, deu ao time o cobiçadíssimo título de campeão da Copa Libertadores da América e, quando escrevo este convite, não posso antever o que acontecerá no Japão. Seja o que for, o sorriso desse gaúcho é candidatíssimo ao Prêmio...
bem, pra você quem deve ser o(a) escolhido(a)? Ou você sugere outro nome? Nesse caso, fique à vontade para indicar nomes e motivos...
como sempre, se tiver tempo e quiser participar, indique um nome e me conte o principal motivo para fazê-lo. Se quiser ´votar contra´ um ou mais nomes, fique à vontade, pois argumentos contra são também sempre muito bem-vindos...
grato por entrar na brincadeira-séria e participar!  a artigo será publicado no Jornal do Site Odonto (www.jornaldosite.com.br)
aproveito para desejar Boas festas e um Ótimo 2013!!! abraços,  Capel.
 
3. TERCEIRA PÁGINA – NOTÍCIAS
O que os hospitais não contam para você
REVISTA ÉPOCA -  SAÚDE - 24/11/2012 01h21 - 
Infecções, erros grosseiros, amputações desnecessárias – as armadilhas que se escondem sob a face tranquilizadora da medicina moderna; e um guia para defender seu bem mais precioso: a saúde
CRISTIANE SEGATTO       -         

Leia abaixo trecho da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana:
Quando atravessamos a recepção elegante de um hospital de boa reputação, somos encorajados a pensar que ele funciona como um território vigiado. Cada funcionário em seu lugar, trabalhando de acordo com padrões, atento ao fato de que deslizes serão notados, anotados e corrigidos. Quem conhece os bastidores das mais respeitadas instituições tem outra visão. “A realidade é mais parecida com o Velho Oeste”, diz o médico americano Martin Makary, um observador privilegiado das entranhas dos mais badalados hospitais dos Estados Unidos. Sem meias palavras, Makary expõe verdades incômodas no livro Unaccountable: what hospitals won’t tell you and how transparency can revolutionize health care (em português, Sem prestar contas: o que os hospitais não contam e como a transparência pode revolucionar a assistência à saúde). É hora de quebrar o silêncio.>>O que é um bom médico? – leia a coluna de Cristiane Segatto
A obra de Makary, comentarista das redes de TV CNN e FoxNews, recém-lançada nos Estados Unidos e ainda sem editora brasileira, não passou despercebida. “A cada colega que me considerou um traidor por escrever esse livro, cinco me agradeceram”, disse Makary a ÉPOCA. “É um sinal de que o tempo da transparência chegou.” Cirurgião especializado em aparelho digestivo, Makary trabalhou em várias das mais respeitadas instituições médicas dos Estados Unidos. Fez pesquisas sobre saúde pública na Universidade Harvard, em Boston, e atualmente atende no Hospital Johns Hopkins, em Baltimore. Ele não está sozinho. Há um movimento crescente, observável também no Brasil, em defesa de uma medicina mais transparente. Essa corrente acredita que qualquer cidadão deveria ter acesso a informações objetivas sobre a qualidade dos hospitais.
 
Qual é a parcela de pacientes que contrai infecção em determinada instituição? Qual é o índice de complicações cirúrgicas? Qual é a sobrevida dos doentes depois de um transplante ou operação cardíaca? Quantos recebem medicações erradas durante a internação? No Brasil, os melhores hospitais são avaliados periodicamente nesses quesitos e em muitos outros – num total de 1.300 itens. Eles fazem parte de uma elite de 21 instituições (leia a lista abaixo) num universo de 6.500 hospitais do país. Só elas dispõem do selo de qualidade emitido pela Joint Comission International (JCI), uma espécie de norma de controle de qualidade da área da saúde. Esse é o selo mais prestigiado do mundo. Além dessas, 180 instituições têm certificados emitidos por outras entidades.
COMO ESCOLHER UM HOSPITAL?  
Saber se ele tem um selo de qualidade internacional é um bom parâmetro. No Brasil, apenas 21 instituições conquistaram o certificado mais valorizado no mundo. Ainda assim, não existe hospital 100% seguro 
SÃO PAULO
Hospital Albert Einstein
Hospital Sírio-Libanês
Hospital Samaritano
Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Hospital do Coração/HCor
Hospital Paulistano
Hospital Total Cor
Hospital São José/Beneficência Portuguesa
Hospital Nove de Julho
Hospital São Camilo Pompeia
Hospital Santa Paula
RIO DE JANEIRO
Hemorio/Secretaria Estadual de Saúde
Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia/ Ministério da Saúde
Hospital do Câncer I/ Instituto Nacional do Câncer
Hospital do Câncer II/ Instituto Nacional do Câncer
Hospital São Vicente de Paulo
Hospital Copa D’Or
PORTO ALEGRE
Hospital Moinhos de Vento
Hospital da Criança Santo Antônio/ Santa Casa de Misericórdia
Hospital Mãe de Deus
RECIFE
Hospital Memorial São José
Fonte: Consórcio Brasileiro de Acreditação/ Joint Commission International  
Nos Estados Unidos e no Brasil, as informações detalhadas sobre cada hospital existem, mas são guardadas a sete chaves. Raras são as instituições que divulgam um ou outro indicador de qualidade. Makary defende a divulgação desses dados. Uma forma simples e objetiva de dar poder aos consumidores do bem mais precioso do mundo: a saúde. Se podemos escolher um hotel ou um restaurante a partir de critérios técnicos, por que não temos o direito de fazer o mesmo por nossa vida?
Esse é um debate que faz cada vez mais sentido no Brasil. Nos últimos dez anos, o número de brasileiros que dispõem de planos de saúde privados cresceu 50%. São hoje 47 milhões. Nas grandes cidades, as obras de expansão dos hospitais particulares avançam em ritmo acelerado. Mal são inauguradas, as novas alas se mostram insuficientes para atender tanta gente – principalmente nos prontos-socorros. “Há filas de quatro horas e reclamações por todos os lados”, diz Francisco Balestrin, presidente do conselho da Associação Nacional dos Hospitais Privados. “A pressão dessa demanda exacerbada tira a qualidade do atendimento.” O excesso de doentes é um complicador, mas não explica todas as falhas.
 
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Harvard em dez bons hospitais americanos expôs um fato conhecido no meio médico: 25% dos pacientes internados sofrem algum tipo de dano. Mesmo nos centros americanos de alta tecnologia, pequenas falhas ou erros gravíssimos ocorrem rotineiramente. Esponjas cirúrgicas são esquecidas no corpo dos pacientes, membros errados são operados, crianças recebem excesso de medicação por causa da terrível caligrafia dos médicos.

O excesso de confiança dos profissionais, a falta de comunicação entre os integrantes da equipe e o descuido em relação às normas de segurança (parece incrível, mas muitos médicos não lavam as mãos antes e depois de atender um paciente no quarto ou na UTI) expõem os pacientes a riscos desnecessários. No Brasil, o diagnóstico é semelhante. Os avaliadores de hospitais flagram erros de identificação, falta de pessoal qualificado, desleixo em relação à estrutura física (leia o quadro ao lado). O cenário é hostil, principalmente porque escolhemos hospital da forma mais subjetiva possível. Somos influenciados pelo marketing, pela decoração e pela opção das celebridades. Esta, por sinal, pode ser a pior maneira de eleger um médico. Makary relembra um caso exemplar. Trocando o nome dos envolvidos, poderia ser uma história bem brasileira.
 
Em 1980, Mohammad Reza Pahlavi, o xá do Irã, era um dos aliados mais importantes dos Estados Unidos. Quando um câncer no sistema linfático (linfoma) o fez adoecer de repente, Washington fez questão de oferecer o que havia de melhor na medicina americana. Michael DeBakey, o mais famoso cirurgião do mundo, chegou rapidamente ao Oriente Médio. Recomendou uma cirurgia imediata de remoção do baço. Nesse tipo de operação, há o risco de perfurar o pâncreas acidentalmente. Para evitar complicações, uma precaução básica é instalar um dreno cirúrgico. Ele evita que o fluido pancreático fique acumulado no corpo do paciente e provoque uma infecção. Confiante em sua habilidade, DeBakey não colocou o dreno. Ao final da cirurgia, declarou que a operação fora um sucesso. Recebeu medalhas e virou um herói no Oriente Médio. Pouco tempo depois, o xá começou a ter febre e vômitos. A infecção, combinada ao agravamento do linfoma, debilitou-o até a morte.
O erro do governo americano, do xá e de sua família foi não ter percebido que DeBakey era um excelente cirurgião cardíaco – não de abdome. Dos 479 artigos científicos que DeBakey assinara, mais de 95% eram sobre cirurgia cardiovascular. Apenas um mencionava o baço, e, ainda assim, ele não era o autor principal. A aura de superstar ofuscou a razão de todos os envolvidos. DeBakey errou duplamente. O excesso de autoconfiança o impediu de fazer o básico. Ou de pedir a ajuda de um especialista. Se até os poderosos erram ao escolher cuidados médicos, como o cidadão comum pode se defender?
 
 
BOA SEMANA
 


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