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Novas regras para cirurgia de estômago

Idade mínima para intervenção caiu de 18 para 16 anos
 
BRASÍLIA O Ministério da Saúde decidiu reduzir de 18 para 16 anos a idade mínima de pacientes obesos que podem se submeter a cirurgias bariátricas - intervenção que reduz o tamanho do estômago - nos hospitais públicos. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a medida é uma das estratégias para enfrentar a obesidade mórbida entre jovens no Brasil. A indicação da cirurgia valeria apenas para casos em que a vida do paciente estivesse em risco. O Sistema Único de Saúde (SUS) recomenda que ela só seja feita como último recurso para a perda de peso. A previsão é que a nova regra comece a valer em janeiro.
 
O ministério não sabe informar o número de jovens de 16 e 17 anos que precisam da intervenção. Na população de 10 a 19 anos, nada menos do que 21,7% das pessoas apresentavam sobrepeso em 2008, segundo a última Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE. Em 1970, quatro décadas antes, esse índice era de 3,7%. A cirurgia bariátrica é recomendada a quem tem Índice de Massa Corporal (IMC) a partir de 35, dependendo de avaliação médica. Entre os jovens de 10 a 19 anos, o IMC deve variar entre 13 e 17, ou seja, menos da metade do patamar em que a cirurgia passa a ser considerada uma opção válida. Ainda citando dados da POF, o ministério informou que 34,8% das crianças de 5 a 9 anos estavam acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
 
A mudança nas regras da cirurgia bariátrica envolve consulta pública iniciada em setembro e que terminará na próxima segunda-feira. Antes de fazer a intervenção, pacientes entre 16 e 65 anos devem passar por avaliação clínica e cirúrgica e ter acompanhamento de equipe médica multidisciplinar durante dois anos. Nesse período, eles são submetidos a uma dieta e, se os resultados não forem positivos em relação a esse e a outros métodos convencionais, a cirurgia é recomendada.
 
Hoje, o SUS autoriza três técnicas de cirurgia bariátrica: gastroplastia com derivação intestinal; gastrectomia com ou sem desvio duodenal; e gastroplastia vertical em banda. A última será substituída devido ao alto índice de ganho de peso após sua realização. No lugar, o SUS prevê a inclusão da gastroplastia vertical em manga, método mais recente que apresenta melhores resultados. Também devem ser oferecidas novas técnicas de cirurgia plástica reparadora, subsequente à operação.
 
Maus hábitos
 
O governo vai propor reajustar o valor repassado por cirurgia, o que ainda depende de acerto com governos estaduais e municipais. A portaria com as novas regras deverá ser assinada em dezembro.
 
A má alimentação e o sedentarismo estão entre as causas do aumento do peso, diz o Ministério da Saúde. Um levantamento do governo mostrou que refrigerantes e frituras fazem parte da rotina alimentar de 40% dos estudantes. Ao antecipar a possibilidade de realização da cirurgia, o governo tenta evitar nos jovens hipertensão, diabetes e sequelas nas articulações.
 
- Estudos mostram que a cirurgia nessa faixa etária pode reduzir impactos na saúde - avaliou Padilha, ressaltando a importância da prevenção, com a prática de atividades físicas e melhor alimentação.
 
 
Fonte: O Globo


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