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Cremerj pede para desativar emergência em contêiner

Rigor. A presidente do Cremerj, Márcia Rosa de Araujo, faz vistoria: "Crime contra a população"
Vistoria constata superlotação e riscos a pacientes e funcionários
 
Celia Costa
 
celia@oglobo.com.br
 
A presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremerj), Márcia Rosa de Araujo, deu prazo de dez dias para que o Hospital Federal de Bonsucesso desative o atendimento da emergência em contêiner. Márcia Rosa e integrantes do conselho fizeram uma vistoria na emergência ontem pela manhã e constaram a superlotação do setor, que tem pacientes nos corredores, além de pessoas com suspeita de doenças infecciosas. O Cremerj pedirá que a Justiça cobre das três instâncias de governo (municipal, estadual e federal) a transferência desses pacientes para outras unidades.
 
Conforme o GLOBO mostrou, em reportagem publicada anteontem, um ano e meio depois de a emergência do hospital ter sido transferida, em caráter provisório, para um contêiner, pacientes continuavam recebendo atendimento inadequado. Repórteres do GLOBO entraram no setor improvisado e contaram 71 pacientes internados num espaço que deveria acomodar 36 leitos. Dos que estão internados, 26 estavam em cadeiras.
 
- Constatamos que, devido à superlotação, o ato médico não é feito de maneira adequada, o que põe em risco pacientes e funcionários. Esse contêiner tem uma ventilação ruim. O médico trabalha aspirando ar contaminado. Isso aqui é um crime contra a população - disse a presidente do Cremerj.
 
Segundo Márcia Rosa, cerca de 40 % dos pacientes que estão na emergência já deveriam estar internados em enfermarias ou Centro de Tratamento Intensivo (CTIs).
 
- É preciso que haja leitos de retaguardas para atender pacientes crônicos ou terminais. Dentro desse contêiner tem paciente com câncer, em fase terminal, que precisa ficar internado, mas não numa emergência - avaliou Márcia Rosa.
 
Na porta do hospital, na manhã de ontem, não faltaram reclamações. A emergência do Bonsucesso foi transferida para um contêiner depois que foram iniciadas as obras na unidade que, no entanto, foram paralisadas após a Controladoria Geral da União (CGU) constatar irregularidades. A auditoria foi iniciada em abril do ano passado e feita por solicitação do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a partir de levantamentos de preços conduzidos pelo próprio Ministério da Saúde em seis hospitais federais do Rio.No Bonsucesso, a CGU constatou a existência de contratos firmados pelo Hospital de Bonsucesso que continham sobrepreço, no valor total de R$ 16,5 milhões, e que houve superfaturamento nas aquisições de equipamentos de videocirurgia (R$ 1 milhão), de produtos para a saúde (R$ 688 mil), e de medicamentos (R$ 206 mil). Ainda segundo a auditoria, equipamentos adquiridos em 2009, por R$ 3 milhões de reais, junto à empresa Microview, estavam ociosos há mais de 20 meses.
 
Em nota, a direção do hospital disse que tem 470 leitos em atividade, sendo 35 destinados ao atendimento a casos de emergência. Desde janeiro de 2011, o hospital está em obras "para ampliação e melhoria de sua infraestrutura" e que para atender à população nesse período foi construída uma Unidade de Suporte de Emergência (USE).
 
Segundo a nota da direção, a unidade segue normas da Anvisa e "oferece as condições necessárias para o atendimento médico".
 
Fonte: O Globo


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