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Nova UTI do Sírio atenderá também SUS

Tecnologia. Kalil: ‘Procedimentos terão alta complexidade’
 
Hospital inaugura unidade exclusiva para tratar insuficiência cardíaca e fecha parceria com Ministério da Saúde
 
Mariana Lenharo
 
O Hospital Sírio-Libanês inaugurou ontem uma Unidade de Terapia Intensiva( UTI)dedicada exclusivamente ao tratamento da insuficiência cardíaca. Por meio de uma parceria com o Ministério da Saúde, pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão ter acesso à terapia especializada. Além disso, no local será feito treinamento de profissionais da saúde da rede pública.
 
A Unidade Avançada de Insuficiência Cardíaca (Uaic) firmou parceria com 14 hospitais do Estado de São Paulo ligados ao SUS, entre eles o Hospital-Geral do Grajaú, na zona sul da capital, e o Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André. Os médicos do Sírio-Libanês contribuirão no atendimento aos pacientes desses centros via telemedicina - haverá um plantão de especialistas atendendo ligações dos hospitais conveniados 24 horas por dia - e receberão na própria unidade os casos mais graves.
 
A insuficiência cardíaca ocorre quando a musculatura do coração fica fraca e incapaz de manter a circulação e mordem. Hoje, é terceira principal causa de morte por doenças no aparelho circulatório, atrás de doenças cerebrovasculares e coronarianas.
 
Entre os procedimentos que serão feitos pela Uaic estão o transplante de coração e o suporte circulatório mecânico, que funciona como um coração artificial. "Além de promovermos assistência para o paciente privado, vamos atender o SUS.São pacientes que talvez não tivessem esse tipo de suporte em outros hospitais",diz o médico Roberto Kalil Filho, diretor do Centro de Cardiologia do Sírio-Libanês.
 
O contrato do Sírio com o ministério prevê o atendimento de 15 pacientes do SUS no primeiro ano do projeto. Para Kalil, o número é significativo, já que os procedimentos previstos são de alta complexidade e envolvem tecnologia de ponta.
 
Para a capacitação dos profissionais do SUS, está previsto que eles acompanhem os procedimentos cirúrgicos na Uaice a distância, por teleconferência.O objetivo é que eles sejam capazes de levar as técnicas aprendidas para seus hospitais de origem.
 
Para Ludhmila Abrahão Hajjar, chefe da UTI cardiológica do Sírio, o projeto poderá ser o embrião de ações semelhantes em todo o País. "Se um hospital privado oferece tratamento para pacientes do SUS e tem bons resultados, o ministério vai querer multiplicar o projeto para todo o Brasil e proporcionar um tratamento de ponta para a população carente, reduzindo a mortalidade de uma doença tão grave."
 
Ludhmila exemplifica que mesmo em centros públicos de ponta,como o Instituto do Coração (Incor), o SUS não paga procedimentos como o dispositivo de assistência circulatória. Lá, a instituição é quem banca o procedimento, com recursos próprios. "Se o projeto funcionar e for custo efetivo, vai ser um piloto para a padronização da terapêutica no tratamento de pacientes do SUS", diz Ludhmila.
 
Parceria. O projeto também apresenta uma parceria com a Universidade de Chicago e o Centro de Assistência Circulatória de Ratisbona, na Alemanha. Especialistas dos dois centros estiveram no Brasil na semana passada para um simpósio internacional sobre insuficiência cardíaca no Sírio-Libanês.
 
A Uaic adotará os protocolos de atendimento dessas unidades e terá um canal direto com elas, com a possibilidade de discussão de casos de pacientes brasileiros com os estrangeiros via telemedicina."Esses doentes estão morrendo na rede pública. A população tem pouco acesso ao transplante cardíaco:faltam doadores e os programas ainda não estão muito desenvolvidos. Não é um problema só do Brasil, mas do mundo todo", diz Ludhmila.
 
Expectativas
 
ROBERTO KALIL FILHO DIRETOR DO CENTRO DE CARDIOLOGIA DO SÍRIO "(Vamos atender) pacientes que talvez não tivessem esse tipo de suporte em outros hospitais.
 
Fonte: O Estado de S. Paulo


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