Endereço: Rua José Antônio Marinho, 450
Barão Geraldo - Campinas, São Paulo - Brasil
Cep: 13084-783
Fone: +55 19 3289-5751
Email: idisa@idisa.org.br
Adicionar aos Favoritos | Indique esta Página

Entrar agora no IDISA online

Estudo une drogas contra câncer de pulmão

DENISE MENCHEN
 
Devido ao aumento na sobrevida, novo protocolo deve mudar diretrizes de tratamento.
 
A primeira pesquisa clínica em oncologia realizada de forma independente da indústria farmacêutica no Brasil constatou que o uso combinado de duas drogas eleva em três meses e meio o tempo médio de sobrevivência de pessoas com casos graves de câncer de pulmão quando comparado com a quimioterapia com uma única droga.
 
Segundo o pesquisador Carlos Gil Ferreira, do Inca (Instituto Nacional de Câncer), isso deve levar a uma mudança nas diretrizes de tratamento da doença, já que o aumento da sobrevida foi obtido sem aumento significativo dos efeitos colaterais.
 
O estudo contou com a participação de 220 pacientes com adenocarcinoma, tipo mais comum de câncer de pulmão. Em média, os que foram tratados com pemetrexede e carboplatina viveram 9,1 meses, contra 5,6 meses dos que receberam o tratamento usual, só com pemetrexede.
 
Os resultados serão apresentados na 5ª Conferência Latino-Americana em Câncer de Pulmão, no Rio.
 
"Isso é importante porque muitas vezes os médicos evitam usar duas drogas, principalmente em pacientes idosos, por medo da toxicidade", diz o responsável pelo ambulatório de oncopneumologia da Santa Casa de São Paulo, José Rodrigues Pereira.
 
Com o estudo, o uso dos dois medicamentos deverá passar a integrar o protocolo de tratamento da doença. Segundo Ferreira, do Inca, duas das principais entidades internacionais que elaboram as diretrizes para câncer de pulmão já manifestaram interesse em alterar suas orientações com base no estudo.
 
Ele destaca que a experiência adquirida com a pesquisa permitirá ao país realizar novas investigações de forma independente da indústria.
 
"Os estudos patrocinados pela indústria respondem a perguntas que interessam à indústria. Com nossos próprios estudos, podemos buscar respostas para perguntas de interesse do SUS", diz.
 
Ele explica que, se dependesse de financiamento externo, a pesquisa provavelmente não ocorreria, já que a patente de um dos medicamentos está prestes a expirar.
 
 
Fonte: Folha de S. Paulo


Meus Dados

Dados do Amigo

Copyright © . IDISA . Desenvolvido por W2F Publicidade