Excelência no SUS comprovada por Certificação Canadense
Olá,
Você viu...
...o último slide da apresentação dos avaliadores da Qualisa? Era um slide do Time Relações Humanas que diz que o HES é um hospital feito por PESSOAS para PESSOAS. Se eles colocaram isso na apresentação e no relatório final, é porque foi exatamente isso que eles perceberam durante a visita de certificação.
...o discurso do Dr. Lair no auditório? Ele contou a “saga” desde julho/97 quando começou a intervenção da UNICAMP no antigo Hospital Conceição Imaculada até esta semana. O quão seria impossível imaginar, em 1997, que buscaríamos em tão pouco tempo uma certificação internacional, mas que conseguimos porque sentimos que “somos e fazemos” parte da história da instituição.
Não é a história de um prédio; é a história de nossas vidas, contada por nós mesmos e que poderia ocorrer em qualquer lugar, desde que fosse vivida por nós. Pode parecer fácil contar a história e o sucesso do HES, mas não é. Aconteceu (e acontece) por um número infinito de encontros e desencontros, decisões e escolhas (individuais e coletivas) que levaram a formação do nosso grupo e da nossa “cultura”. Como explicar esses eventos e as “coincidências”? (Aqui, cada um deve procurar a resposta por si só).
Neste final de semana, reflita tudo o que você já viu e viveu aqui dentro. Não tenha receio de sentir um “friozinho” na barriga, de se ver rindo do nada, de sentir orgulho. Você já contou a nossa história para alguém que não conhece o HES? Se não, experimente. A maioria não acredita que existe um hospital assim (ainda mais público). Temos que dar razão a essas pessoas; eu também não acreditaria. Ou você já ouviu falar em algum hospital onde: [1] um “bando” de funcionários “invade” a reunião da diretoria para cantar “ROPs” em ritmo de “Ana Júlia”; [2] tem “Pizza Rop” e “Rop Cake”; [3] o diretor clínico & Cia toca rock para promover a qualidade; [4] há times com funcionários de diversos setores e todos, independente da função, tem o mesmo poder de decisão e direito da palavra; [5] há tanta preocupação com a segurança do paciente, junto com humanização e cuidado multidisciplinar; [6] um avaliador canadense (culturalmente um povo muito mais “frio” que o nosso) se sente acolhido e à vontade ao ponto de se lambuzar com chantilly (quando comeu um Rop Cake no meio da reunião), brincar com a “mão do quinto sinal” (protocolo da dor) e dizer, brincando, que virá trabalhar aqui como anestesista se abrirmos uma unidade de cirurgia cardíaca (mesmo sendo brincadeira, e toda brincadeira tem um fundo de verdade, há prova maior de que ele gostou do que viu?); [7] et cetera porque essa lista é enorme!
O melhor de tudo é que a nossa história esta só no começo. Já deixamos a nossa marca na história da saúde pública, mas tenho certeza de que estamos muito aquém do que somos capazes e um dia seremos um “grupo lendário”.
Quer um conselho? Se algum dia você estiver mais desanimado, faça como eu. Vá até a recepção central e veja as pessoas que estão saindo do prédio. Repare nos pacientes (e familiares), pense no impacto que tivemos na vida deles (coloque-se no lugar deles). Isso vale todo o esforço.