Médicos e comunidade discutem situação da saúde pública em São Paulo

Com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância de defender o fortalecimento na saúde pública e mais investimentos no setor o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) realizou ontem (26/02) um ato público denominado “Simesp pelo SUS”, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.

Mais de mil pessoas passaram entre 9h e 14h pelas tendas montadas pelo Sindicato para além de conversarem com os médicos sobre a saúde no estado, aferirem a pressão arterial. De acordo com o presidente do Sindicato, Cid Carvalhaes, a iniciativa é uma oportunidade de provocar um debate sobre a situação do SUS, que segundo ele apresenta uma série de fragilidades, como acesso e financiamento. “Buscamos quebrar barreiras e diminuir distâncias entre os médicos e a comunidade. Tanto os profissionais de saúde quanto a população de São Paulo tem muito a contribuir para melhorar a saúde pública”, relatou Carvalhaes.

O ato ainda foi marcado pela reivindicação da categoria pelo fim da privatização da Saúde, promovido por meio das Organizações Sociais de Saúde (OSS); pela implantação de um plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) e a adoção do piso nacional (salário mínimo profissional) da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), que é de R$ 9.813,00 para jornada de 20 horas semanais, como referência de ganho do médico. Para Carvalhaes, a falta de infraestrutura e os baixos salários enfraquecem o sistema de saúde e compromete a qualidade dos serviços.

Ainda segundo o presidente, o SUS é hoje a única opção de atendimento para 145 milhões de pessoas; é referência em atendimentos de alta complexidade como no tratamento de câncer; é um dos maiores sistemas públicos em transplante do mundo; mantém hospitais de excelência no tratamento do coração. “Precisamos do apoio da população nesta luta por um SUS que esteja efetivamente ao alcance de todos e de todos”.

Fonte: Simesp

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