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Especialistas divergem sobre implicações do uso do celular para saúde

Especialistas divergiram sobre as implicações do uso do telefone celular para a saúde, em audiência pública, hoje, na Comissão de Ciência a Tecnologia, Comunicação e Informática. Todos foram unânimes em dizer que não existem comprovações científicas de que o uso do celular cause danos como tumores cancerígenos, mas pesquisas mostram que esses casos têm aumentado gradativamente, o que, para alguns, pode ter origem no uso dos telefones móveis.
 
“Não sei se existe uma relação direta entre o uso do aparelho celular com os casos de tumor cerebral, mas há evidências e pesquisas que mostram o aumento destes casos. Se ainda não há como provar que o celular é um dos causadores, é importante que governo e indústrias de telecomunicação façam mais pesquisas para que tenhamos uma resposta”, sugeriu o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que solicitou a audiência.
 
O gerente-geral de certificação de Engenharia da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Marco Oliveira, afirmou que os indícios que existem hoje sobre os danos à saúde não são cientificamente comprovados e que, por isso, não é necessário mudar nada além dos cuidados que já são tomados.
 
O gerente de Tecnologia em Equipamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Marcio Varani, lembrou que a agência tem a missão de proteger a população e que até agora não há registros sobre os males que o celular causa.
 
Níveis de radiação
 
Para o professor do Centro de Estudos e Telecomunicações da PUC do Rio de Janeiro Gláucio Siqueira, independentemente de suspeitas, o uso do celular não influencia a saúde humana de forma alguma. “Os níveis de radiação emitidos pelos celulares e pelas radio bases são muito inferiores aos níveis considerados de segurança. Podemos ficar tranquilos quanto a isso. 70% da população usa o celular, então se houvesse 0,01% de chance de o celular causar câncer de cérebro ou em qualquer área da cabeça, o número de casos desse tipo seria significantemente maior do que o registrado hoje”, concluiu.
 
Precaução

Já para alguns convidados, como o professor de Física da USP e engenheiro elétrico Osório Chagas Meirelles, seria ideal que houvesse um uso moderado do aparelho celular até que sejam efetivamente descartadas quaisquer chances de danos à saúde pelo uso de celulares. Ao fazer uma apresentação sobre a interação dos campos eletromagnéticos com tecidos vivos, Chagas mostrou como o uso do aparelho pode acabar causando danos posteriores.
 
De acordo com o chefe de serviços de Neurocirurgia do Hospital Federal de Ipanema (RJ), Júlio Thomé de Souza Silva, a relação entre os aparelhos celulares e o elevado aumento de casos de câncer cerebral é certa, “pois é isso que vejo no dia a dia exercendo minha profissão”.
 
Souza Silva fez uma apresentação com várias pesquisas, mostrando fatos que teriam sido comprovados. Em um dos resultados, segundo ele, ficou claro que a população rural, onde o índice do uso de celulares é menor comparado aos das grandes cidades, os casos de tumores cerebrais também eram menores. “Além disso, em todo manual de aparelho celular está escrito para deixar o equipamento longe do corpo enquanto ele não estiver em uso. Logo, ele deve causar algum tipo de problema”, alertou.
 
Uso moderado do celular
 
Indagado pelo deputado Júlio Campos (DEM-MT) sobre qual a solução do problema, já que ninguém vai deixar de usar o celular e ainda não há comprovação cientifica de que ele seja realmente nocivo à saúde, o professor Meirelles, da Usp, recomendou prudência no uso do aparelho.
 
Ele sugeriu que seja feita uma campanha estimulando o uso moderado do celular e, principalmente, desencorajando o uso por crianças, a não ser quando muito necessário. Souza Silva também propôs o uso de fones de ouvido conectados ao celular, ou maior utilização do viva voz, que têm potencias de radiação que não prejudicam a saúde.
 
Da Redação/RCA
 
Fonte: Agência Câmara de Notícias


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