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27-419-DOMINGUEIRA

PONTO ZERO:

 

PARA ALEGRIA MINHA, EM PRIMEIRO LUGAR, CÁ ESTOU DE
VOLTA E ESPERO QUE AINDA POR ALGUM TEMPO. FUI, VOLTEI. NÃO TRAGO RECORDAÇÕES DO
QUE NÃO VI A NÃO SER UM IMENSO MEDO DE MORRER.

 

GRATO A TODOS QUE SE FIZERAM PRESENTES EM
PENSAMENTOS, PALAVRAS E OBRAS... A TORCIDA FOI ESSENCIAL PARA RESGATAREM
MEU PASSE.

 

ABRAÇOS DA EMILIA E MEUS.

 

 

 

1. VIAVOPAGRETA - Gilson Carvalho – TEXTO INTEGRAL EM
ANEXO

 

Nas minhas
Minas Gerais, naquele interiorzão de Campanha da Princeza terra adotada pela
família e onde me criei, tínhamos uma expressão exata para denominar apuros,
apertos, sufocos e outros quetais. No linguajar popular, dizíamos: “hoje
eu VIAVOPAGRETA”. Uma expressão extremamente significativa que diz do sufoco de
alguém que quase morreu a ponto de VER A SUA AVÓ PELA GRETA do pórtico de
passagem desta vida. Ao sufocado pela saída de cena, prematura e imposta,
era dado apenas, pelo vão da greta entreaberta, vislumbrar alguém que estivesse
do outro lado. A presença mais natural de ser vista era a de algum antepassado.
Daí a citação de que se tinha visto a avó pela frestinha do pórtico, apenas
pela greta.

 

Pois é:
acabo de ver minha vó pela greta! Fui me adentrando com o olhar e na hora do
passo final, voltei atrás célere numa negação de fazer a passagem. Ainda bem
que encontrei de cá, mãos amigas de profissionais e familiares que
ajudaram a me puxar e ancorar do lado que bem conheço. Entre os vivos e bem
vivos. Se me for dado escolher, daqui não gostaria de sair tão cedo!

 

Meus amigos,
a inexorável morte pela qual temos que passar é terrível. Sofrida,
dolorosa, angustiante principalmente se não repentina que não dê tempo de
medrar. Talvez “acordar”, passado e morto, seja menos sofrido. Talvez ir
se preparando para a morte morrida em idade provecta com falência múltipla de órgãos,
seja mais suportável. Agora, morrer quase de repente e com prenúncios
sofridos, esta não! Ninguém merece. Se alguém disser que está
preparado, de pronto, pressuponho-o cometendo uma mentirinha nada inocente.

 

Senti a
aproximação da morte uma dezena de vezes e agarrei-me o que pude à minha
hipótese de continuar por aqui mesmo que está bom demais. Se tinha dúvidas que
aqui seja bom, agora não me resta nenhuma: por mais dificuldades e
problemas que tenhamos o melhor ainda é viver!

 

E agora,
recomeçar a vida normal, depois de ter implantado o marca passo e o
desfibrilador: a máquina do choque. Estou traumatizado com choque a ponto de
fugir até de fio de corrente contínua, de fonte de microvolt. Aparei barba e
cabelo para nem ter que usar mais pente e não correr o risco da estática. O
primeiro choque da cardioversão, levei a seco e, se assim não fosse, hoje
não estaria escrevendo. Bendito choque e dor! Ficará lembrado nos anais da UTI
um grito: “Filho da P... Doutor! Isto dóiiiiiiii! “ Quando dos outros eu
já estava sedado. Mas, que foi o impropério mais adequado ao momento,
isto foi! Pelo que soube depois, foi comemorado com grande alívio pela equipe
médica: ainda havia esperança e estava eu ainda lá no limbo, aprontando-me para
a volta!

 

Quando se
passa o pórtico dizem que se vê um túnel. Para uns, escuro e para outros
luminoso. Não vi nada a não ser a paúra da morte eminente e...
AVOPAGRETA. A única imagem que nos passa a partir daquela hora é a do fim. Tão
inexorável quanto tão indesejável. Isto fica e parece que por muito tempo: a
relatividade de tudo diante do morrer, do acabou, do mais nada! Queremos os
nossos, os queridos, mas tudo na relatividade da finitude e sabendo que jamais
teremos de volta esta realidade imorredoura.

 

E agora:
duas hipóteses. A primeira é continuar tudo como estava antes e tocar a vida
louca como sempre foi nestes mais de sessenta anos. A segunda: mil promessas de
diminuir trabalho, aproveitar mais a vida, gostar mais ainda de quem me gosta,
fazer mais coisas boas etc. etc. Se seguir a primeira vão dizer que sou
orgulhoso, convencido de que nada preciso mudar, como que chamando a dita de
volta. Se a segunda, caio no lugar comum de fazer promessas, depois de
arrombada a porta. Promessas de mudar tudo, de vida nova. Como todas promessas
destas horas, transitórias e determinadas pelo medo-sufoco! Vou tentar
equilibra-me sobre o muro e adotar uma conduta intermediária. Uma certeza: não
gostaria de viver outra vida muito diferente da que vivi até agora. Tenho
certeza de que foi boa para mim e para muitos, com quem convivo. O velho
adágio: repetir o bom, corrigir o errado e enfrentar o novo. Amém!

 

Devo minha
sobrevida atual a várias pessoas: minha família, meus amigos e uma equipe de
saúde técnica e humanamente capaz. Fui atendido pelo SUS, mas tenho que
reconhecer que me proporcionaram um diferencial de carinho, todo e muito
pessoal. Fui internado no PIO XII, hospital filantrópico conveniado ao SUS ao
qual dediquei vários anos de minha vida profissional. Mais, queira ou não,
tenho quarenta e oito anos de profissional de saúde conhecido de grande parte
da equipe. Tive como companheiro de UTI o Paulo, guardador de carros, com quem
queria trocar um prato de comida de meu jejum com oito copos d’água dele, em
restrição líquida. Só não se concretizou, pois, nossas conversas eram por cima
do imenso muro do biombo entre os leitos, nos vimos só na despedida quando
deixei a UTI. Na enfermaria meu companheiro foi o Aristides um caminhoneiro
aposentado, já safenado e em crise, depois de ter ido ajudar um amigo a cobrir
uma laje!!!

 

Entre as
mensagens que recebi havia algumas hilárias, bem humoradas. A melhor, sem
dúvida foi de gente do Fundo Nacional de Saúde recomendando-me que buscasse a
Receita Federal (RFB) para tirar um CPF próprio do meu marca passo e
desfibrilador. Afinal precisariam identificar, daqui para frente, o que seja
meu e o que seja de minhas máquinas que são duas entidades diferentes e
autônomas da minha pessoa física. Sugeriram a natureza jurídica de máquinas e
acessórios. Já fiz consulta à RFB e eles estão perdidos por nunca terem
conhecimento de uma situação similar, ainda que, mesmo sem saber, acham que
devo seguir a IN-RFB 310364 que obriga a tanto.

 

Emilia,
minha esposa e eu somos imensamente gratos pelas muitas mensagens de apoio,
conforto e desejo de recuperação recebida de parentes, amigos, colegas de
trabalho e conhecidos. A corrente de afeto esteve sempre presente e isto nos
conforta e nos puxa para a vida, tenho certeza disto. Estarei aos poucos
voltando à minha vida e atividades com a intenção de continuar merecendo
vivê-la... por, pelo menos, mais algum tempo.

 

 

 

2. Condição da saúde é a síntese dos problemas da
sociedade brasileira – Folha de SPaulo - 01 de junho de 2010

 

Para
especialista, antes de pedir mais fontes de recursos, setor deve melhorar
gestão Na cidade do Rio de Janeiro, centro turístico do Brasil, a favela da
Rocinha e o bairro da Gávea são separados por apenas duas ruas. Porém, há um
abismo de diferença nos índices de morte de bebês até um ano de idade. De um
lado, mais pobre e, portanto, sem renda para pagar por assistência médica de
pronto, morrem 30 crianças a cada mil anualmente. No outro, apenas
três.
"A saúde retrata fielmente a sociedade brasileira e as condições desiguais
do país", diz Flávia Poppe, economista e consultora do Instituto de
Estudos para o Trabalho e Sociedade (Iets) na área de saúde.
Embora seja o único país da América Latina a ter um sistema público de saúde
universal, inclusive previsto na Constituição Federal, a também especialista em
planejamento e gestão em saúde, ressalta que falta a manutenção e gerenciamento
adequados ao SUS. Até porque, com a melhor gestão dos recursos, é
possível fazer mais com o mesmo.
"Antes de pedirem mais dinheiro para a área é necessário fazer a lição de
casa e achar os recursos lá dentro", afirma.
Na maioria dos países desenvolvidos, como Alemanha e França, o Estado regula o
serviço, que é prestado pelo setor privado dentro de uma série de moldes e
preços. Mas há também quem queira e possa ir a um atendimento particular, pois,
lembra Flávia, toda sociedade tem sua heterogenidade.
Competição Assim o país poderia deixar que a iniciativa privada trabalhasse
prestando serviço público, mesmo porque, no Brasil de hoje, os dois não são
complementares.
Pelo contrário, competem entre si. Atualmente, do total gasto pela população
com saúde, 55% é como setor privado e 45%do público. "Por que a classe
média tem de financiar os dois?". Se os esforços fossem concentrados,
dados como a amputação de 40 pessoas no mês por complicações com diabetes
saíram dos jornais. "Ninguém na Inglaterra morre pelo básico",
diz,lembrando que naquele país os gastos com saúde chegam a 8%do Produto
Interno Bruto (PIB) local, quase a mesma proporção dos 8,3% brasileiros,mas com
muito mais eficiência. Na comparação com o Chile, a destinação alcança 7,3% do
produto e a mortalidade materna lá era, em 2005, de 31 mulheres para cada 100
mil enquanto no Brasil, de 260 óbitos. "Não adianta distribuir renda
para reduzir pobreza. É preciso ter políticas focadas em áreas essenciais"
Não adianta distribuir renda para reduzir a pobreza. É preciso ter políticas
focadas nas áreas essenciais, segundo análise de especialista na área

 

 

 


3.NOTÍCIAS

 

3.1 UMA
PARCERIA ENTRE O HOSPITAL SÍRIO-LIBANES E O MINISTÉRIO DA SAÚDE TEM SERVIDO
PARA FORMAÇÃO DE PESSOAL DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE. UM DOS CURSOS É DE
GESTÃO DA CLÍNICA NAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE. ESTOU ANEXANDO O MANUAL DO
CURSO PARA QUE TOMEM CONHECIMENTO. ANEXO.

 

 

 

3.2 NOTÍCIA
DO VALOR ECONÔMICO DE 9/6/2010 SOBRE ACESSO AO SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO –
DADOS IMPORTANTES E ALGUMAS OPINIÕES CONTROVERSAS. VIDE ANEXO

 

 

 

.3 MAIS REDE
– ANDRÉ MEDICI

 

Prezados
amigos, Segue a segunda parte da discussão sobre redes de saúde. Na primeira
parte (última postagem) enfocamos nos temas de como as particularidades do
setor saúde exigem um enfoque regulatório espacial que permita a integração do
cuidado, como forma de evitar a fragmentação institucional e aumentar a
eficiência. Nesta postagem trataremos de trabalhar com os distintos processos
de discussão dos temas de regionalização e integração do setor saúde nos
últimos anos. É só clicar: http://www.monitordesaude.blogspot.com Boa
leitura .Atenciosamente. André Medici

 

Leia Mais em Domingueiras de Gilson Carvalho.
 

VALOR ECONOMICO 962010 ACESSO A SAUDE
Gestao Clinica Manual HSLMS
GC 201006 VIAVOPAGRETA

 



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