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Saúde distribui bombas de infusão para pacientes de hemoglobinopatias

O ministro da Saúde, Saraiva Felipe, entregará amanhã (19) em Belo Horizonte, a primeira bomba de infusão para uso de quelante de ferro (medicamento que reduz o excesso de ferro na corrente sangüínea) para os pacientes de hemoglobinopatias (anemia falciforme/drepanocitose e talassemia). A distribuição de bombas de infusão faz parte do Programa de Atenção Integral aos Pacientes de Hemoglobinopatias (leia abaixo), lançado este ano e que é a primeira política brasileira nesse setor da assistência.Após a entrega da primeira bomba de infusão, o Ministério da Saúde iniciará a distribuição desses insumos para os estados que se cadastraram junto ao órgão. No total, o Ministério da Saúde adquiriu, em parceria com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas), 500 bombas de infusão, suficientes para atender à demanda atual dos pacientes de hemoglobinopatias. Para Minas Gerais, serão enviadas 50. Dois mil mineiros têm diagnóstico de anemia falciforme, sendo um dos estados com maior prevalência da doença.Alguns pacientes de hemoglobinopatias adquirem elevada taxa de ferro no sangue, devido à grande quantidade de transfusões a que são submetidos. A bomba de infusão permite a adaptação de uma seringa que, ajustada ao corpo do paciente, injeta o quelante de ferro lentamente no organismo, facilitando o dia-a-dia do paciente e melhorando sua qualidade de vida. A distribuição das bombas será feita em regime de comodato para que o paciente possa utilizá-la em casa.Além da bomba de infusão, os pacientes inscritos no programa terão acesso a sangue deleucotizado (sem a presença de leucócitos) e sangue fenotipado para os antígenos mais freqüentes para evitar rejeição nas transfusões de sangue. Como os portadores de hemoglobinopatias recebem sangue várias vezes ao longo de sua vida, muitos adquirem anticorpos contra alguns tipos de antígenos. Se o sangue que esses pacientes recebem é fenotipado significa que é o mais semelhante possível das características de seu próprio sangue.Em 2005, o Ministério da Saúde investiu no programa R$ 6,4 milhões. Já foram comprados 30 mil filtros de leucócitos e 500 bombas de infusão.Diagnóstico precoce  O Programa de Atenção Integral aos Pacientes com Doença Falciforme terá como meta o diagnóstico precoce das hemoglobinopatias e o cadastro dos pacientes. O programa visa a redução da morbi-mortalidade da pessoa com doença falciforme e outras hemoglobinopatias, promovendo a qualidade de vida e a longevidade.Para isso, o Ministério da Saúde está implantando o Sistema Hemovida Ambulatorial, responsável pelo registro dos diagnósticos, consultas e tratamentos, pelo controle dos estoques de medicamentos e insumos, e também pela produção de relatórios de atendimento dos pacientes. Os pacientes serão identificados pelo número do Cartão Nacional de Saúde, durante os atendimentos de teste do pezinho, vacinação e nos hemocentros e hospitais especializados.As ações que integrarão o programa estão sendo definidas em conjunto com o Comitê Técnico de Saúde da População Negra e entidades representativas dos falcêmicos, como a Federação Nacional de Anemia Falciforme (Fenafal). O movimento de homens e mulheres negras há mais de três décadas reivindica a definição de uma política para os doentes.O que é?Anemia falciforme  É a doença hereditária mais comum em todo o mundo. Atinge, principalmente, negros e afro-descendentes e se caracteriza por ser uma deficiência nas hemácias. Índices do Ministério da Saúde revelam que nascem 3,5 mil crianças com doença falciforme por ano. De cada grupo de 35 pessoas, um registra traço de anemia falciforme. Na Bahia, há um falcêmico para cada 650 nascidos vivos. No Rio de Janeiro, o índice é de um para cada 1.200 e, em Minas Gerais, Pernambuco e Maranhão, de um para cada 1.400 nascidos vivos.Talassemia  Outra doença provocada por deficiência nas hemácias, a talassemia é mais predominante entre pessoas provenientes de países da região do Mediterrâneo. As pessoas com talassemia têm a hemácia pequena e em forma de alvo.Os pacientes de hemoglobinopatias, como anemia falciforme e talassemia, têm anemia crônica, dores generalizadas, icterícia e lesões ósseas. Quem tem anemia falciforme também é mais suscetível a acidente vascular cerebral (AVC), devido à redução da flexibilidade das hemácias, que tendem a obstruir os vasos sangüíneos. Outro inconveniente dessa enfermidade é a freqüência a que os pacientes têm que se submeter a transfusões de sangue.A expectativa de vida de um portador de anemia falciforme no Brasil ainda é de 48 anos. Em crianças que não recebem o devido tratamento, o índice de mortalidade pode chegar a 80%. Quando atendidos em programa de atenção integral, a taxa de mortalidade nos primeiros anos de vida é de 1,8%.

Agência SaúdeMais informaçõesAssessoria de Imprensa do Ministério da SaúdeTel: (61) 3315-3693/2005/2351Plantão: (61) 9962-3752Fax: (61) 3225-7338E-mail: imprensa@saude.gov.br



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