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Epidemia de gripe aviária no Brasil pode causar 25 mil mortes

Epidemia de gripe aviária no Brasil pode causar 25 mil mortes

Gripe aviária
Rio de Janeiro - Se uma epidemia de gripe aviária chegar ao Brasil e atingir 10% da população, deve causar a morte de 25 mil pessoas, além de ser responsável por uma sobrecarga no sistema de saúde, com o acréscimo de 1 milhão e 200 mil consultas e 550 mil internações. Os dados, divulgados pelo ministro da Saúde, Saraiva Felipe, fazem parte de um cenário traçado em conjunto com técnicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), baseado em modelos matemáticos.
Estimativas do ministério indicam ainda que, diante de uma epidemia, apenas 50% dos infectados vão precisar de atendimento médico, já que a outra metade não deve apresentar qualquer sintoma ou, se o fizer, será semelhante ao de uma gripe comum, sem gravidade. Entre os que vão necessitar de atendimento, 25% poderão ser tratados em ambulatórios, e o restante deve ser caso de internação.
Perguntado se os hospitais do País estão prontos para lidar com a disseminação da doença entre humanos, o ministro admitiu a incapacidade da rede de saúde, frisando considerar a deficiência uma questão que extrapola as fronteiras nacionais. "Estamos preparados como todos os hospitais do mundo. Todos eles vão passar aperto", declarou, durante o lançamento do Plano de Contingência do Brasil para o Enfrentamento de uma Pandemia de Influenza, realizado no hotel Glória.
Segundo o ministro, o plano "não é um documento fechado", apenas uma proposta que deverá receber contribuições durante seminário internacional sobre a pandemia, aberto nesta quarta. Entre as medidas em andamento, estão a ampliação da rede de unidades sentinelas, onde é possível realizar um diagnóstico rápido de gripe aviária em uma eventual situação de surto, além da identificação das cepas circulantes do vírus. "Temos hoje 46 unidades. Precisamos ampliar a rede para todo o Brasil, pois falta implantá-la em cinco Estados".
As ações para controlar a doença no País prevêem ainda a elaboração de campanhas educativas, capacitação de profissionais e a formação de um estoque do antiviral Tamiflu. "O Brasil é o único País da América Latina que vai ter estoque do medicamento até dezembro", informou o ministro. O governo federal negociou com a Roche, laboratório que fabrica o medicamento, a compra de nove milhões de tratamentos. Eles serão utilizados, prioritariamente, em profissionais de saúde, crianças, idosos e pessoas que trabalham em serviços essenciais.
Saraiva Felipe ressaltou também a necessidade de uma compensação imediata para o caso de eliminação de aves no Brasil. "Precisamos de recursos imediatos para que as pessoas não soneguem informações", declarou, considerando haver uma tendência de pequenos fazendeiros esconderem casos da doença para evitar o abate dos frangos, causando um prejuízo econômico.
Durante o lançamento do plano, o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, informou estar em negociação para conseguir a transferência de tecnologia de produção do antiviral Tamiflu. Até hoje, nenhum laboratório farmacêutico do mundo, além da Roche, sabe como desenvolver o medicamento.
Caso as informações sobre a produção sejam encaminhadas ao Brasil ou a qualquer outro dos 40 países que fizeram solicitação semelhante, ainda assim a empresa estima que serão necessários entre dois e três anos levar entre dois a três anos para que todo o processo seja transferido. "Eles estão dispostos. Vamos agora ver se vale a pena", declarou, referindo-se aos custos necessários.
Karine Rodrigues
FONTE ESTADÃO ON LINE



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