Endereço: Rua José Antônio Marinho, 450
Barão Geraldo - Campinas, São Paulo - Brasil
Cep: 13084-783
Fone: +55 19 3289-5751
Email: idisa@idisa.org.br
Adicionar aos Favoritos | Indique esta Página

Entrar agora no IDISA online

Brasil foi 100.º país a ratificar acordo sobre tabaco da OMS

O Brasil se torna o 100º país a ratificar a convenção-quadro do controle de tabaco. Depois de muito lobby da indústria do cigarro pela não adesão do País ao acordo da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Senado finalmente superou a pressão e aprovou o texto do acordo na semana passada. O documento, então, voltou ao Palácio do Planalto, que o depositou na ONU em Nova Iorque, dois dias antes do prazo final.

Como membro pleno do acordo, o Brasil poderá agora participar da reunião que ocorre em Genebra em fevereiro e que definirá de que forma os países lidarão com o marketing, impostos e vendas de cigarros. Um ponto importante da reunião será o debate sobre o financiamento de programas para ajudar os atuais plantadores de fumo a transformar seus cultivos em outros produtos.

A Convenção contém iniciativas para controlar o tabagismo: proibição da propaganda; educação e conscientização da população; proibição de fumar em ambientes fechados; controle do mercado ilegal de cigarros; tratamento da dependência da nicotina; inserção de mensagens de advertências sanitárias fortes e contundentes nas embalagens dos produtos de tabaco; e regulação dos produtos de tabaco quanto aos seus conteúdos, emissões; dentre outras.O Brasil teve uma participação de destaque durante todo o processo de negociação do tratado da Convenção. Além disso, antecipou-se à Organização Mundial de Saúde (OMS) e tem adotado, voluntariamente, ações recomendadas pela organização contra o tabagismo. É reconhecido mundialmente por sua legislação avançada sobre a restrição à publicidade e o uso de advertências contra o fumo nas embalagens de cigarros. Aos olhos da comunidade internacional, caso não ratificasse o tratado, o Brasil ficaria em posição mais atrasada do que Armênia, Bangladesh, Butão, Gana, Quênia e Sri-Lanka, que fazem parte do primeiro grupo de países signatários, ao lado da Austrália, Canadá, França, Islândia, Japão e Nova Zelândia, entre outros. Até mesmo a China, maior produtora de tabaco do mundo, já assinou a Convenção-Quadro e vai ratificar o tratado.
Perdas e custos - Estima-se que, no Brasil, a cada ano, 200 mil pessoas morram precocemente devido às doenças causadas pelo tabagismo, número que não pára de aumentar. O tabagismo é diretamente responsável por 30% das mortes por câncer, 90% das mortes por câncer de pulmão, 25% das mortes por doença coronariana, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica e 25% das mortes por doença cerebrovascular. Outras doenças que também estão relacionadas ao uso do tabaco são aneurisma arterial, trombose vascular, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias e impotência sexual no homem. Em todo o mundo, são cerca de 5 milhões de mortes.Nesses números, não há como contabilizar o custo social nem o prejuízo humano causado pelo uso do tabaco: as aposentadorias e mortes precoces, em idade produtiva; o comprometimento da renda familiar, que poderia ser revertida em alimentos e melhores condições de vida para pais e filhos; a orfandade causada pela morte prematura de chefes de família; a diminuição da qualidade de vida dos fumantes e daqueles que os cercam; aumento de 33% a 45% nas faltas ao trabalho; menor rendimento em atividades cotidianas; mais gastos com seguros, limpeza, manutenção de equipamentos e reposição de mobiliários; e maiores perdas com incêndios, entre muitos outros.

Fonte: CONASEMS - com informações do MS e o Estado de São Paulo



Meus Dados

Dados do Amigo

Copyright © . IDISA . Desenvolvido por W2F Publicidade