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2010 - 27 - 512 - DOMINGUEIRA - SAÚDE DA FAMÍLIA

1. PROGRAMA SAÚDE DA FAMILIA EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - Gilson Carvalho[1] - TEXTO INTEGRAL EM ANEXO

Ontem tive uma informação que me entusiasmou. Minha São José dos Campos aderiu ao Programa de Saúde da Família como estratégia para se conseguir executar os primeiros cuidados com saúde de parte de sua população. Inicialmente serão introduzidas 19 equipes de Saúde da Família, na região norte da cidade, ao custo estimado de R$6 mi, sendo R$4 mi da Prefeitura de São José dos Campos e R$2 mi de transferências do Ministério da Saúde.
O Programa de Saúde da Familia foi adotado oficialmente pelo SUS em 1994, para denominar ações específicas de primeiros cuidados com a saúde. O objeto do PSF corresponde ao que chamamos de Atenção Básica ou Primária à Saúde. Estes primeiros cuidados estão presentes nos sistemas de saúde do mundo inteiro.
É muito louvável que o atual governo joseense, a partir de um planejamento e projeto de trabalho sério da equipe técnica da saúde, tenha decidido pela implantação do PSF em SJCampos. O PSF faz os primeiros cuidados com saúde dentro de uma lógica e metodologia mais elaborada com processos de trabalho definidos. Como exemplo, podemos citar o trabalho com território delimitado (bairros, ruas...) para cada equipe de Saúde da Familia conhecendo a realidade de cada família: trabalho, renda, habitação, alimentação, saneamento básico, educação, cultura, lazer, meio ambiente etc. As ações do PSF se concentram em três campos: ações de promoção da saúde trabalhando as causas das doenças; ações de proteção à saúde trabalhando os riscos específicos através de vacinação, exames preventivos etc. e ações de recuperação da saúde perdida por doenças e outros agravos à saúde. Outra característica típica do PSF é o trabalho em equipe entre o profissional médico, o enfermeiro o técnico ou auxiliar de enfermagem e os agentes comunitários de saúde escolhidos na própria comunidade. Não podemos nos esquecer que o PSF é a principal porta de entrada no sistema de saúde que não pode acabar em si próprio, mas abrir o acesso a ações necessárias especializadas e de hospitalização.
Tem um grande segredo no PSF que diz respeito ao mundo da relação: envolvimento da equipe de saúde com as pessoas. Trabalha-se com uma relação mais humana e assim se tem chance de mais sucesso nas ações de saúde com a confiança mútua entre a pessoas assistidas e o pessoal de saúde. Mais humanização gerando mais co-responsabilidade das pessoas com sua vida e saúde.
O povo de São José dos Campos merece mais e melhor atenção a sua saúde. Isto foi e deve ser uma boa tradição implementada e mantida por todos os governos que por aqui passarem, independentes da sigla partidária. Primeiros cuidados com saúde garantidos pelo Programa de Saúde da Família - PSF é fundamental para que os joseenses vivam mais e melhor.

2. OLHANDO O FUTURO – AMIR KHAIR – PUBLICADO NO ESTADO DE SÃO PAULO - 11-4-2010
Em artigo de 28 de fevereiro indagava se não estaria em marcha um novo paradigma para o desenvolvimento do sistema capitalista. Volto hoje ao tema procurando desenvolvê-lo um pouco mais. Em síntese o artigo se baseou no fato de haver um descolamento crescente entre o desenvolvimento dos países emergentes e dos desenvolvidos. De fato, segundo dados do Fundo Monetário Internacional na média anual dos últimos dez anos, entre 2000 e 2009, os países desenvolvidos cresceram 1,6% e os emergentes 5,8%, ou seja, quatro vezes mais. Os destaques foram para China e Índia com crescimentos de 9,9% e 7,1% respectivamente. Entre os países desenvolvidos, os Estados Unidos lideraram o crescimento com 1,8%, seguido pelo Reino Unido com 1,7% e França com 1,5%. Alemanha e Japão, apenas 0,8%. Os países membros da Zona do Euro cresceram 1,3%. A América Latina cresceu 2,9%, o Brasil, 3,3% e o pior desempenho da região foi do México, com 1,8%, pois sua economia ficou colada na economia americana.
Este processo de descolamento tenderá a se acentuar com a recente crise financeira, que expôs a fragilidade financeira, monetária e fiscal dos países desenvolvidos, cujas conseqüências ainda se farão sentir por alguns anos.
Como avaliado no artigo, este processo vem ocorrendo há vários anos em decorrência da expansão natural do capital na direção da minimização de custos de mão de obra e de localização da expansão geográfica do consumo mundial, que se dá em favor dos países emergentes. A consequência deste processo tem sido a transferência de oferta de empregos dos países desenvolvidos para os emergentes, com uma incorporação sem precedentes de novos consumidores, o que reforça os movimentos do capital para esses últimos.
A maior demanda por mão de obra nos países emergentes tenderá a aumentar empregos e salários nesses países reduzindo o diferencial de salários com os países desenvolvidos. Esse processo poderá ter continuidade por vários anos, cujo resultado seria a redução das diferenças salariais inter e intra países, com ampliação da base de consumo em escala global. Aqui se repõe a indagação: será que o capitalismo experimentará uma nova fase na qual sua viabilização se dê apoiada numa melhor distribuição de renda e riqueza?
Se a resposta for pela experiência histórica, será negativa, pois isso não ocorreu no passado, a partir da revolução industrial. A expansão do capitalismo se deu apoiada em forte concentração de renda e riqueza, ao lado de uma massa de consumidores muito aquém do potencial do universo de consumidores existente na Ásia, África e América Latina.
Analisando a evolução recente do capitalismo, no entanto, a probabilidade de uma resposta afirmativa parece ser elevada, pois este novo surto de desenvolvimento está se apoiando numa massa crescente de consumidores, nunca antes ocorrida. Os movimentos de capital são atraídos cada vez com mais intensidade na direção destas populações antes marginalizadas da sociedade de consumo.
Quem lidera o crescimento mundial hoje é a China, Índia e Brasil, países que apresentam acentuado crescimento de consumidores, sendo que as políticas econômicas destes países estão se consolidando na direção da expansão de seus mercados internos. As análises apontam que continuarão desenvolvendo papel estratégico nessa direção, por um bom período. Entre as razões, além do maior aproveitamento da expansão do consumo, que é a base que atrai a produção e o investimento, está a menor exposição aos humores do mercado externo sobre os quais não têm poder de comando.
A procura por mão de obra nestes países é crescente e deverão continuar expressivos aumentos de valor na massa salarial. Caso os governos destes países mantenham políticas públicas voltadas para redistribuição de renda, ampliação de recursos para as áreas sociais, reduções de custos de necessidades básicas - alimentação, transporte público e moradia - e investimentos em infraestrutura, estarão dadas condições para aceleração deste processo. Mas não é só. Se o alto nível de reservas internacionais foi estratégico para o enfrentamento da crise, sua manutenção pode se constituir no retardamento deste processo, pelas perdas que provavelmente sofrerão em consequência da tendência de perda de valor da moeda americana, como saída para o equilíbrio das contas externas dos Estados Unidos e do excesso de liquidez gerado para salvar o sistema financeiro insolvente.
Quanto à tendência do câmbio, tudo indica que seguirá naturalmente a movimentação internacional do capital, ou seja, fluirá dos países desenvolvidos para os emergentes, apreciando suas moedas. Caso não sejam impostas barreiras fiscais e/ou de restrições de prazos de permanência, como já fazem alguns países emergentes, a perda de poder competitivo destes países poderá ficar comprometida. Há, portanto, uma ótima oportunidade para ganhos fiscais na tributação de capitais especulativos externos.
Por outro lado, pode-se esperar uma fase prolongada de dificuldades econômicas, sociais e políticas em parte dos países desenvolvidos, especialmente naqueles onde ocorreram consumos públicos e privados de forma artificial ancorados nos financiamentos concedidos pelos demais países. Em conseqüência, os empregos e salários deverão sofrer ajustes para adaptar seus consumidores às reais possibilidades de consumo. Em síntese, a nova direção aponta para uma readequação destes países à nova realidade internacional.
Pode ser que este processo não se dê de forma indolor, sem traumas. As restrições em hábitos de consumo poderão gerar conflitos sociais e políticos, o que não deverá deter o processo em curso.
Confirmando-se essa hipótese, os países com maior crescimento econômico poderão melhorar o nível de suas contas públicas, beneficiados por ampliações de receitas devido ao aumento do consumo, da massa salarial e do lucro das empresas. Desta forma poderão obter novas fontes de recursos próprios para ampliar suas políticas sociais, de distribuição de renda, inclusão e de investimentos em infraestrutura. Por outro lado os países desenvolvidos que estão com dívidas e déficits fiscais elevados, poderão ter restrições de despesas e dificuldades na arrecadação. Possivelmente os elevados déficits não poderão contar mais com financiamentos a baixas taxas de juros praticadas atualmente, pois os credores poderão ser mais exigentes, dificultando o equacionamento dos seus endividamentos e déficits fiscais.
Em síntese, a nova conformação do sistema capitalista poderá se orientar para um enfraquecimento relativo dos países desenvolvidos face aos emergentes, que serão apoiados em uma sociedade de consumo de escala maior, onde o poder de compra será conduzido pela maioria da população com renda mais elevada do que os padrões atuais. Caso haja coerência entre as políticas econômicas e sociais, os índices de desenvolvimento humano (IDH) poderão se aproximar entre os países, diminuindo as diferenças existentes e resultando em melhores índices de condições de vida da extensa população atualmente excluída. Quem sabe, essa seja talvez uma das possibilidades de haver transições rumo a uma sociedade mais justa, democrática e equilibrada na distribuição dos frutos da geração de renda e riqueza. Só o futuro dirá.

3.NOTÍCIAS
3.1. DOMINGUEIRA DO BEM –FSP: Mortalidade materna cai no mundo todo (TAMBÉM NO BRASIL) GABRIELA CUPANI - 15 de abril de 2010 -
Em 18 anos, índice diminuiu 35%; queda nas taxas de fertilidade e aumento da qualidade de vida são principais causas No Brasil, mortes durante gestação, parto ou pós-parto caíram 63%; país registra 55 óbitos de mães a cada 100 mil nascimentos.
A mortalidade materna caiu cerca de 35% no mundo, entre os anos de 1980 e 2008. O número total de mortes por ano passou de 526 mil para 343 mil no período, mostra um estudo feito em 181 países, liderado por pesquisadores da Universidade Washington, nos Estados Unidos, que acaba de ser publicado no "Lancet". No Brasil, houve queda de 63% na taxa de mortes por 100 mil nascimentos, que passaram de 149 para 55. A mortalidade materna se refere às mortes de mulheres durante a gestação, no parto ou no puerpério -período de 42 dias após dar à luz. Elas podem ser diretas -quando são causadas por doenças que só ocorrem nesse período, como eclâmpsia- ou indiretas, quando são provocadas por males preexistentes ou que se desenvolvem durante a gestação e são agravados por ela, como problemas circulatórios ou respiratórios. Os motivos para o resultado, segundo os autores, são a queda na taxa de fertilidade no mundo todo e a melhoria nas condições de vida em geral. Essas melhorias envolvem desde ganhos no estado nutricional das mães até facilidades no acesso à saúde. Isso foi verificado na Ásia e na América Latina, em especial. Também houve aumento dos níveis de escolaridade e maior assistência ao parto. No Brasil, esses fatores responderam por uma queda nas mortes maternas de 3,9% ao ano, número superior ao verificado no México, que teve uma queda anual de 1,9%. "O Brasil vem fazendo esforços sérios para diminuir os índices de mortalidade materna, com melhorias na educação e nas condições socioeconômicas. Nesse período, diminuiu o nível de pobreza e aumentou o de educação, bem como o acesso aos contraceptivos", observa o ginecologista e obstetra Aníbal Faundes, professor da Universidade Estadual de Campinas e consultor da Organização Mundial da Saúde. Faundes também destaca que, em termos de saúde, o atendimento pré-natal evoluiu, o que resulta na queda de mortes por eclâmpsia, por exemplo. "Isso está diretamente relacionado ao pré-natal, fundamental para a prevenção e diagnóstico precoce." "Medidas simples, como fazer no mínimo seis consultas no pré-natal e um bom atendimento de partos hospitalares podem resultar em grandes avanços",diz Nilson Mello, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Masas hemorragias e infecções continuam sendo importantes causas de morte no Brasil, ao lado das complicações em decorrência de abortos. "A elevada taxa de cesáreas leva a um risco maior de hemorragias", diz Faundes. A epidemia de AIDS, principalmente nos países africanos, também teve impacto negativo nos números. Segundo o estudo, se ela estivesse mais bem controlada, o progresso na prevenção da mortalidade materna seria muito maior. Os dados do estudo foram corrigidos estatisticamente levando em conta a subnotificação de mortes maternas, comum no mundo inteiro. Muitos registros de mortes deixam de incluir que a mulher estava grávida ou que havia dado à luz recentemente. "As complicações dos abortos também são dissimuladas", diz Faundes. No Brasil, uma pesquisa feita pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo constatou alto índice de erros no preenchimento da declarações de óbito e propôs um fator de correção, que já foi adotado pelo Ministério da Saúde

3.2 XXIV- CONGRESSO DE SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO – 21 A 23 DE ABRIL DE 2010 - CAMPINAS
A Diretoria do COSEMS/SP convida secretários e secretárias Municipais de Saúde e trabalhadores (as) do SUS para participarem do XXIV Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, que acontecerá em Campinas de 21 a 23 de abril de 2010. Nessa ocasião, ocorrerá também a IX Mostra de Experiências Exitosas dos Municípios com a segunda edição do Prêmio David Capistrano para os 10 melhores trabalhos da Mostra.
O tema do Congresso será: “Os municípios construindo redes no SUS”. Reafirmando o tema, esperamos que o Congresso seja uma oportunidade de reforçar os laços existentes, construir novas possibilidades e de trocas entre as esferas de gestão e entre todos que fazem parte da imensa rede que é o SUS no estado de São Paulo
O evento contará com 10 Cursos, 10 Rodas de Conversa, 1 Debate e 2 Grandes Conversas, assim chamadas para que as mesas sejam sempre pautadas pela interação e participação ampla dos presentes.
A Prefeitura de Campinas, através da sua Secretaria Municipal de Saúde, está se empenhando para garantir que o nosso Congresso seja um sucesso.
Contamos com a presença de todos os gestores e de suas equipes para refletirmos juntos sobre os desafios da consolidação do SUS em São Paulo e para fazermos desse espaço um momento de aprendizado e de congraçamento entre gestores e técnicos do SUS no estado.

3.3 - 9o. SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ECONOMIA DA SAÚDE QUE SE DARÁ DE 27 A 29 DE ABRIL DE 2010 – SÃO PAULO – TEMA: SUSTENTABILIDADE DO SETOR SAÚDE
O desenvolvimento sustentável foi concebido como um conjunto de ações voltadas à solução ou, no mínimo, à redução de grandes problemas de ordem econômica, ambiental e social, tais
como esgotamento de recursos naturais, desigualdade social ascendente e crescimento econômico ilimitado.
Problemas que ameaçam a nossa sobrevivência e demandam ação conjunta de governos, empresas e sociedade para serem superados. Integrar de forma equilibrada os aspectos ambientais, sociais e econômicos, respeitando a sua interdependência, é o que o desenvolvimento sustentável propõe. Sabemos ainda da necessidade do equilíbrio entre os três pilares (ambiental, econômico e social) para obtenção do sucesso nos negócios. As empresas modernas já se mostram sabedoras de que os negócios precisam de mercados estáveis, e de
que devem possuir habilidades tecnológicas, financeiras e de gerenciamento necessárias para possibilitar essa transição rumo ao desenvolvimento sustentável. A maioria, e quiçá todos os
Sistemas de Saúde no mundo atual enfrentam o importante desafio de conviver com aumento progressivo da demanda, elevação dos gastos e, consequentemente,escassez de recursos
suficientes para dar sustentabilidade ao sistema no longo prazo. Esperando contar com a imprescindível presença de todos, os convido a conhecer as entidades e representantes envolvidos
na preparação temática e na organização do evento, assim como a estrutura temática definida. Prepare seu tema livre e reserve o período de 27 a 29 de Abril para estar conosco e com
vários convidados nacionais e internacionais discutindo temática tão oportuna e atual para o Sistema de Saúde no Brasil. Prof. Dr. Marcos Bosi Ferraz - Presidente do 9º Simpósio Internacional de Economia da Saúde

BOA SEMANA.

GC201004PSFEMSAOJOSEDOSCAMPOS    



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