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Com baixa vacinação, Zoonoses enfrenta queda de funcionários

22 de outubro de 2014
 
 
 
Para ONGs e especialistas, deficit contribui para aparição de novos casos de raiva em Ribeirão
 
 
Prefeitura afirma que meta de antirrábica não é cumprida porque cães são imunizados em clínicas particulares
 
 
 
Sem cumprir a meta de vacinação contra a raiva em Ribeirão Preto, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) ainda vê cair ano a ano o quadro de funcionários. Para especialistas e entidades de proteção animal, a situação contribui para o surgimento de casos da doença na cidade.
 
 
 
Na última semana, depois de dois anos sem registro da doença em São Paulo, a prefeitura confirmou dois casos de raiva canina.
 
 
 
A campanha de vacinação contra a raiva na cidade não atingiu a meta estipulada pela própria Secretaria da Saúde em 2013: vacinou 68% da população de cães e gatos, mas a meta era imunizar 80%.
 
 
 
A vacinação abaixo da expectativa coincide com um "apagão" de agentes do Controle de Vetores. Em 2008, eram 345 profissionais e, neste ano, caiu para 217, o que representa redução de 37%.
 
 
 
Os dados são de relatório de prestação de contas da Secretaria da Saúde.
 
 
 
A pasta alega que há animais vacinados em clínicas particulares, o que contribui para não atingir a meta, e que tem impedimentos legais para contratar agentes.
 
 
 
Para Sandra Maria da Silva, coordenadora da comissão de defesa dos animais da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), o registro de raiva na cidade é reflexo de descaso com a saúde pública.
 
 
 
"É muito triste ver a cidade ter casos de uma doença que já foi praticamente erradicada em todo o Estado. É vergonhoso", disse.
 
 
 
Para Natália de Camargo Lopes, presidente da associação de acolhimento de animais Cãopaixão, além da falta de agentes o CCZ também sofre com falta de veterinários e de estrutura física.
 
 
 
Em 2008, o centro passou a acolher animais vítimas de maus-tratos, abandonados e doentes. Com o acolhimento de cerca de cem animais, o CCZ não passou por nenhuma reforma ou ampliação.
 
 
 
"Com a estrutura que o centro tem, não deveria receber nenhum animal. Além disso, não tem condições de fazer uma cirurgia nos animais machucados nem tem convênio com clínicas para isso", disse Natália.
 
 
 
Segundo o professor virologista da Faculdade de Medicina Veterinária da USP Paulo Eduardo Brandão, a raiva chegou a ser extinta por causa da vacinação.
 
 
 
"Conforme a meta não é atingida a cadeia de imunidade vai se quebrando ao longo dos anos." Segundo ele, a população de animais passa a ficar mais vulnerável.
 
 
 
Para a docente de medicina veterinária da Unesp de Araçatuba Luzia Helena Queiroz, a forma eficaz de combater a raiva é a vacinação, já que não é possível controlar o morcego transmissor do vírus. "É preciso educação sanitária para que a população notifique casos de agressão de morcegos a cães."
 
 
 
CAMILA TURTELLI ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO
 
Fonte: Folha de S. Paulo


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