Um dia de relativo alívio em meio à tragédia da epidemia de ebola
21 de outubro de 2014
Nigéria sai da lista de países onde surto continua a matar
Em meio à tragédia do ebola no Oeste da África, onde a doença já deixou mais de 4,5 mil mortos só nos três países mais afetados Guiné, Libéria e Serra Leoa -, o dia de ontem foi marcado por algumas boas notícias na luta contra a epidemia. Depois de declarar na última sexta-feira o Senegal - que tinha registrado apenas um caso da doença "importado" da Guiné, em agosto - livre do vírus, a Organização Mundial de Saúde (OMS) também retirou ontem a Nigéria da lista de países onde o surto continua.
. Já nos EUA, 43 pessoas que tiveram contato com o liberiano Thomas Eric Duncan, primeiro diagnosticado com a doença em território americano, no fim de setembro, foram consideradas fora de risco de infecção e liberadas do monitoramento diário a que estavam submetidas. Enquanto isso, a União Europeia se comprometeu a intensificar os esforços para arrecadar EUR 1 bilhão (cerca de R$ 3 bilhões) para ajudar no combate à epidemia na África, e o Canadá enviou a Genebra, sede da OMS, o primeiro lote de uma vacina experimental para ser testada por técnicos da instituição em hospitais da cidade suíça.
Ainda na Europa, a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), que está na linha de frente da luta contra o surto na África, comemorou a cura e a alta do hospital de Oslo de sua funcionária norueguesa Silje Lehne Michalsen, contaminada enquanto trabalhava em Serra Leoa, e o governo da Espanha informou que exames feitos na auxiliar de enfermagem Teresa Romero, também infectada, deram negativo para o vírus após duas semanas de tratamento.
No Brasil, por sua vez, o Ministério da Saúde voltou a desmentir boatos de novos casos suspeitos em Vitória e Fortaleza. Até o início da noite de ontem, porém, ainda não se sabia de que mal sofre a missionária de 39 anos internada de manhã em um hospital da capital do Espírito Santo.