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Cinquenta crianças morrem após vacinação na Síria

18 de setembro de 2014
 
Suspeitas recaem sobre estocagem malfeita ou sabotagem deliberada de medicamentos
 
Pelo menos 50 crianças morreram no Noroeste da Síria, em áreas controladas pela insurgência no país, após tomarem vacinas contra sarampo, caxumba, rubéola e poliomielite. Ainda não está claro o que pode ter acontecido com as ampolas, mas autoridades de saúde levantaram suspeitas de a medicação ter estragado ou de sabotagem deliberada. A campanha de vacinação em larga escala foi suspensa, mas mais mortes podem ocorrer, pois não se tem o número preciso de quantas aplicações foram feitas com as vacinas.
 
A maioria das vítimas são bebês - muitas delas sequer completaram 1 ano de vida. As mortes se concentraram nas cidades de Jarjanaz e Sinjar, na província de Idlib, áreas controladas pela oposição ao presidente sírio, Bashar alAssad. As forças rebeldes têm procurado suprir a função de governo interino, e também providenciam os serviços básicos de saúde, que entraram em colapso após o início da guerra civil na Síria, em 2011.
 
De acordo com o médico Abdullah Ajaj, que coordenou a vacinação no Centro Médico de Jarjanaz as crianças apresentaram sinais de "severo choque alérgico" cerca de uma hora depois de receberem a segunda rodada da vacina contra sarampo. Muitas delas sufocaram até a morte, enquanto os corpos inchavam.
 
- Elas gritavam e choravam, o que foi muito duro para os pais. Você traz a criança para ser vacinada e, então, a encontra morrendo - contou Ajaj, complementando que foi a primeira vez que viu estes tipos de sintomas após vacinações.
 
REFRIGERAÇÃO INCORRETA
 
A proveniência das vacinas foi identificada, mas o médico especulou que ela pode ter ficado sob temperaturas inapropriadas.
 
- Provavelmente, a maioria das ampolas deve ter sido mantida de forma incorreta nos refrigeradores - disse Ajaj, acrescentando que não há respiradores auxiliares suficientes na clínica, o que deixou a situação ainda mais difícil.
 
A Médicos pelos Direitos Humanos, uma ONG baseada em Nova York, confirmou em e-mail que pelo menos 50 crianças havia morrido por conta das vacinas, e que amostras seriam enviadas à Turquia para análises. O governo interino de oposição divulgou um comunicado dizendo que iria investigar o caso.
 
Fonte: O Globo


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