Endereço: Rua José Antônio Marinho, 450
Barão Geraldo - Campinas, São Paulo - Brasil
Cep: 13084-783
Fone: +55 19 3289-5751
Email: idisa@idisa.org.br
Adicionar aos Favoritos | Indique esta Página

Entrar agora no IDISA online

Em meio à crise financeira da USP, Alckmin descarta administrar hospital

12 de setembro de 2014
 
Impasse. Depois de ficar isolada no debate com grevistas - Unesp e Unicamp já aceitaram pagar abono instituição viu proposta de reduzir déficit ser negada pelo governador: 'Não temos nenhum interesse'; reitoria não comenta e mantém proposta de desvinculação
 
Luiz Fernando Toledo, Ricardo Chapala
 
Depois de ficar isolada no debate sobre o encerramento da greve - as Universidades Estaduais Paulista (Unesp) e de Campinas (Unicamp) já aprovaram o abono de 28,6% aos servidores -,a Universidade de São Paulo (USP) sofreu mais um revés na tentativa de pôr fim à crise financeira. Ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que o Estado "não tem interesse" em administrar o Hospital Universitário (HU), localizado no câmpus da capital.
 
A transferência do equipamento para a Secretaria Estadual da Saúde era uma das propostas da reitoria para diminuir os gastos da instituição - hoje mais de 100% da receita estão comprometidos com a folha de pagamento. Outro complexo de saúde -o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, o Centrinho de Bauru - já teve sua desvinculação aprovada no mês passado pelo Conselho Universitário, órgão máximo da universidade.
 
Alckmin se comprometeu a entrar em contato com o reitor da USP, Marco Antonio Zago, para que ele suspenda as votações pela desvinculação dos hospitais universitários feitas pelo conselho. A reunião que aprovaria a medida está marcada para o início de outubro.
 
O tucano fez a promessa durante um protesto de funcionários do HU em visita ontem ao antigo Hospital Pan-Americano, na zona oeste da capital paulista, "A Universidade de São Paulo, não nós, foi quem levantou a hipótese de passar o hospital para a Secretaria da Saúde", disse o governador, após ouvir as queixas dos funcionários durante entrevista coletiva.
 
"Nós não temos nenhuma posição favorável a isso. A iniciativa foi do reitor. Nós não temos nenhum interesse que passem o Hospital Universitário para nós (Estado)'', disse Alckmin. Ao se comprometer com os funcionários, o governador foi aplaudido.
 
Com a negativa do governo estadual, a USP ainda pode tentar dialogar com o Município, o governo federal ou ainda com a iniciativa privada.
 
Procurada, a reitoria preferiu não se manifestar sobre a resposta do governador,mas informou que mantém a comissão interna que discute a desvinculação do HU.
 
O Ministério da Saúde declarou que "não tem gestão" sobre o hospital e espera que a situação seja resolvida "sem que haja prejuízo à atenção da saúde da população". Não mencionou, porém, a possibilidade de federalizar o equipamento. A Secretaria Municipal da Saúde afirmou que aguardará decisão da USP sobre o HU e disse que "acompanha a situação".
 
Repercussão. A afirmação do governador foi comemorada pelo Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp),que tem tratado das desvinculações dos hospitais nas manifestações ocorridas durante agreve dos servidores, que já passa dos 100 dias.
 
"Pelo que estamos vendo, não há nenhum respaldo do governo nem da comunidade USP", disse o coordenador do Sintusp, Magno Carvalho. Segundo ele, um abaixo-assinado contra a desvinculação do HU já tem 37 mil assinaturas de professores, funcionários e estudantes da universidade e deverá ser entregue em breve ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual
 
Para professora e coordenadora da GV Saúde, Ana Maria Malik, o HU perderia a característica de ser um equipamento da USP. "Eu não sei se ele acrescentaria muito para o sistema de saúde do Estado", disse. Segundo ela, o hospital tem respondido à sociedade como o esperado. "Ele tem funcionado de maneira bastante adequada nas duas coisas que se esperava dele: a formação de profissionais e a boa referência para as pessoas que moram na região oeste."/ COLABORARAM VICTOR VIEIRA E FABIANA CAMBRICOLI
 
Fonte: O Estado de S. Paulo


Meus Dados

Dados do Amigo

Copyright © . IDISA . Desenvolvido por W2F Publicidade