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Vacina vem do próprio paciente

02 de setembro de 2014
 
Fora do Brasil, é realidade a terapia celular, considerada um estágio mais avançado da imunoterapia. Médicos norte-americanos e europeus podem recorrer a uma droga que funciona como vacina para tratar câncer de próstata avançado. O medicamento é produzido a partir de células do próprio paciente, manipuladas em laboratório para que possam combater o tumor. A vantagem da terapia celular é ser um tratamento pouco agressivo e aumentar em quatro meses a sobrevida dos pacientes.
 
Além de desenvolver medicamentos dirigidos, individualizar o tratamento é identificar os pacientes que podem se beneficiar dele. O diretor de Relações Institucionais do Cetus Hospital Dia, Charles Pádua, lembra que, em um passado não muito distante, todas as mulheres com câncer de mama eram submetidas à quimioterapia para complementar o tratamento cirúrgico. "Hoje, temos testes genéticos que podem determinar se a pessoa com tumor em estágio inicial está ou não em determinado grupo de risco. Isso nos possibilita avaliar quem vai ser eleito para a quimioterapia", destaca.
 
Esse exame, porém, custa cerca de R$ 10 mil e não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). "Infelizmente, individualizar o tratamento não é barato. A medicina personalizada economiza recursos porque você tem a possibilidade de saber quem são os pacientes que vão precisar daquela droga, mas é tudo muito caro", lamenta o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Evanius Wiermann.
 
Considerando que quase 80% da população no Brasil é dependente do SUS, o oncologista percebe que os brasileiros acabam divididos entre os pacientes de convênio, que conseguem ter acesso a medicamentos, e os da saúde pública, que estão restritos a poucas opções terapêuticas.
 
Custo alto
 
Cada dose do medicamento da linha de imunoterapia que trata pacientes com melanoma custa aproximadamente R$ 70 mil. É preciso tomar pelo menos quatro. Alguns convênios cobrem o tratamento, mas o SUS não. Para ter acesso à vacina para câncer de próstata, os brasileiros precisam ir aos EUA. Wiermann teme que a droga nem chegue ao Brasil devido ao alto custo (mais de R$ 200 mil por três aplicações). "Muitas das patentes vão cair ao longo do tempo e dar espaço para os medicamentos similares, forçando a queda dos preços", enxerga.
 
Por outro lado, o oncologista Charles Pádua acredita que é preciso ter critério para incluir tanto na rede pública quanto na particular tratamentos que realmente deem resultados. "Temos que tirar o foco do valor do remédio e pensar na pessoa que precisa dele. Não importa se custa R$ 1 mil ou R$ 100 mil, desde que mude a vida do paciente", pontua. No início do ano, foram incluídos no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vários medicamentos para o câncer, que devem ser oferecidos pelos convênios. O SUS também passou a oferecer novas drogas, mas ainda não abrange todos os tratamentos. (CA)
 
Fonte: Correio Braziliense


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