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Isolar país não combate Ebola, dizem ONU e OMS

26 de agosto de 2014
 
Organizações criticam restrições a países afetados, sobretudo a voos, por dificultarem a chegada de ajuda; remédios em teste ainda causam dúvidas
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu ontem que a redução de voos e o cancelamento de rotas para países atingidos pelo surto do vírus Ebola dificultarão o combate à doença, ao atrapalhar o envio de ajuda. Já a Organização das Nações Unidas (ONU) criticou as companhias aéreas que suspendem rotas na África e disse que "a guerra contra o Ebola" não deve ser vencida em um prazo inferior a seis meses.
 
Na semana passada, a Costa do Marfim fechou suas fronteiras e impede voos entre sua capital e os países afetados. O mesmo foi adotado por Gabão, Senegal, Camarões e África do Sul. Por reiteradas vezes, a OMS insistiu que banir viagens não resolverá o problema. "A redução de voos até Freetown capital de Serra Leoa) terá um grande impacto no combate à doença", informou oficialmente o coordenador da ONU no país, David Mclachlan-Karr. "Precisamos trazer reforços e material e, para isso, precisamos retomar linhas aéreas."
 
A Agência Internacional de Desenvolvimento dos Estados Unidos (Usaid, na sigla em inglês) anunciou ontem o envio de 16 toneladas de equipamentos e remédios de emergência somente para a Libéria, a fim de controlar o centro do atual surto. Foram enviados 10 mil trajes de proteção individual, dois sistemas de tratamento de água e aparelhos suficientes para construção de centros de tratamento.
 
Guerra. "O esforço para derrotar o Ebola não e uma batalha, mas uma guerra que exige que todos trabalhem juntos, duro e de forma eficiente", afirmou em Serra Leoa o coordenador especial das Nações Unidas para o combate ao surto, David Nabarro, que vem visitando os países onde se registraram mortes (incluindo Nigéria, Guiné e Libéria). Ainda ontem, confirmou-se que uma nova cepa de Ebola está causando um surto na República Democrática do Congo.
 
"Esperamos vencer essa guerra em seis meses, mas teremos de trabalhar para isso", ressaltou Nabarro. Ele criticou as companhias que vêm suspendendo rotas aéreas no continente, destacando que isso atrapalha o auxílio aos países. "Quando você isola um local, as coisas ficam difíceis até para as Nações Unidas." O atual surto já deixou 2.600 infectados e 1.427 mortos em Serra Leoa, Guiné, Libéria e Nigéria. Mas novos números a serem divulgados nesta semana devem ampliar o quadro.
 
Tratamento. Um dos três médicos liberianos que vinham sendo tratados com a droga experimental ZMapp contra Ebola morreu anteontem. Abraham Borbor não conseguiu superar o vírus que contraiu enquanto trabalhava no Hospital John F. Kennedy, na capital da Libéria, Monróvia. "Os médicos tinham esperança de que ele se recuperaria completamente", disse o ministro da Informação, Le Brown, ao lamentar o caso.
 
O medicamento ZMapp nunca havia sido testado em humanos antes da epidemia. Ele pode ter contribuído na melhora de dois profissionais de saúde americanos que receberam alta na semana passada curados da doença. A Libéria havia recebido a droga após solicitação da presidente do país, Ellen Jonhson Sirleaf, a autoridades americanas, em 8 de agosto.
 
Ontem, um enfermeiro britânico deu início ao tratamento contra o Ebola após ser transferido de Serra Leoa para Londres. O homem identificado como William Pooley, de 29 anos, enfermeiro, trabalhava em Serra Leoa quando foi diagnosticado com a doença. Ele foi levado de volta ao Reino Unido, onde está sendo tratado em um hospital no noroeste da capital.
 
O Japão ainda anunciou ontem que está preparado para oferecer, em casos de emergência e sob determinadas condições, um medicamento para combater o Ebola. A nova droga não passou ainda por aprovação da OMS. "Sabemos que há pedidos por parte dos países afetados por um medicamento desenvolvido por uma companhia japonesa que pode ser eficiente no tratamento do vírus", disse o porta-voz do governo japonês, ministro Yoshihide Suga. Ele assegurou que o governo está "preparado para responder à solicitação de uso desse medicamento por parte da OMS".
 
Ainda nesta segunda-feira, em Toronto, uma empresa canadense informou que quatro macacos que receberam doses de letais de Ebola sobreviveram graças a uma vacina experimental. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
 
Fonte: O Estado de S. Paulo


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