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Congo declara epidemia de ebola no norte do país

25 de agosto de 2014
 
Vírus matou duas pessoas, mas não seria o mesmo que afeta a África Ocidental
 
A República Democrática do Congo confirmou ontem o surgimento de um novo surto de ebola na província de Equador, ao norte do país. A informação foi divulgada pelo ministro da Saúde, Félix Kabange Numbi, depois que dois de oito casos testados em um surto de febre registrado na região terem dado positivo para o vírus mortal. Autoridades garantiram, no entanto, que não se trata do mesmo surto que se dissemina pela África Ocidental, mas, sim, de um novo.
 
Uma doença hemorrágica misteriosa matou dezenas de pessoas na província de Equador nas últimas semanas. Na quinta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) chegou a afirmar que não se tratava de um surto de ebola. Mas agora, o quadro é outro, segundo o ministro da Saúde:
 
- Declaro que há uma epidemia de ebola na região de Djera, no território de Boende, na província de Equador disse Kabange Numbi, durante uma entrevista coletiva.
 
A região fica cerca de 1.200 km ao norte da capital, Kinshasa.
 
Sendo considerada a sétima epidemia de Ebola na República do Congo desde a descoberta do vírus no país (na época, Zaire) em 1976, Kabange afirmou que esta "não tem qualquer ligação com a que atinge o leste da África".
 
Ele disse que um dos casos que deram positivo são da cepa sudanesa da doença, enquanto o outro seria uma mistura da sudanesa com a zaire. A cepa responsável pelo surto na África Ocidental, que já matou pelo menos 1.427 pessoas desde março, é a zaire, considerada a mais letal.
 
Até agora, as informações oficiais da OMS apontam que a doença que matou pelo menos 70 pessoas na província de Equador seria uma espécie de gastroenterite hemorrágica. Um porta-voz da entidade disse que a agência de saúde da ONU não poderia confirmar os resultados dos testes anunciados ontem pelo governo local, por terem sido levados a cabo por autoridades congolesas.
 
BRITÂNICO INFECTADO
 
O britânico que estava em Serra Leoa e teve a confirmação do contágio pelo vírus divulgada no sábado foi transferido ontem para o Reino Unido, a bordo de um avião da Força Aérea Real (RAF).
 
O Departamento de Saúde do Reino Unido disse em comunicado que o homem não estava gravemente doente e que tinha decidido repatriá-lo após indicação clínica.
 
O avião que fez o transporte do paciente aterrissou em Londres na noite de ontem. Depois da chegada na base aérea da RAF Northolt na Grã-Bretanha, ele foi transportado para uma unidade de isolamento no Royal Free Hospital.
 
Especialistas reforçaram que o risco de contágio é "muito baixo" apesar da chegada de um caso confirmado em solo britânico.
 
O homem não teve dados de sua identidade revelados, mas o jornal britânico "The Telegraph" informou tratar-se de um enfermeiro chamado William, de 29 anos. Segundo o periódico, ele contraiu o vírus enquanto cuidava de pacientes em um hospital, onde 15 enfermeiros já morreram da doença.
 
Também sabe-se que ele é funcionário da OMS, configurando, então, o primeiro caso de um representante da entidade a ser infectado pelo vírus.
 
A organização informou, por meio de um comunicado, que está trabalhando para garantir que ele receba "os melhores cuidados possíveis"
 
Desde o começo da resposta internacional ao surto, em março de 2014, a OMS já enviou para a região quase 400 pessoas de toda a organização e de parceiros na Global Outbreak Alert e na Response NetWork (GOARN), em resposta à doença na Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa.
 
De acordo com nota divulgada ontem, mesmo antes de começar o surto atual de ebola, após anos de conflito, a área da África Ocidental mais afetada pela doença vinha sofrendo com um sistema de saúde enfraquecido e fragilizado pela carência de profissionais qualificados.
 
"É necessário um forte reforço internacional de profissionais de saúde para complementar a carga de trabalho dos funcionários locais em resposta ao presente surto" diz o texto. 
 
MÉDICOS ENCERRAM GREVE NA NIGÉRIA 
 
Os médicos dos hospitais públicos da Nigéria anunciaram ontem que voltarão ao trabalho, após dois meses de greve, para ajudar a combater o ebola. O sindicato da categoria vinha sendo bastante pressionado, já que cinco pessoas morreram no país desde 25 de julho, infectadas pelo vírus. Até agora, a Nigéria tem 15 casos confirmados de Ebola e mais de 200 pessoas foram colocadas sob vigilância por terem tido contato com infectados.
 
Enquanto isso, o Parlamento de Serra Leoa transformou em crime, sujeito a dois anos de prisão, esconder vítimas de ebola. A medida foi anunciada no sábado pelo ministro da Justiça do país africano, Frank Kargbo, numa tentativa de aumentar o controle sobre a doença.
 
Números
 
1.427
 
PESSOAS
 
já morreram na epidemia que afeta Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria
 
200
 
INDIVÍDUOS
 
estão em isolamento na Nigéria, após terem contato com doentes
 
400
 
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
 
já foram enviados à região mais afetada pela OMS
 
Fonte: O Globo


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