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Lixo Zero é aprovado por 9 em cada 10 cariocas

19 de agosto de 2014
 
Programa completa um ano e muda o comportamento das pessoas. Ruas já estão mais limpas
 
Renan França
 
 
Nove entre dez cariocas são favoráveis ao programa Lixo Zero, criado há um ano pela prefeitura do Rio. É o que revela um levantamento obtido com exclusividade pelo GLOBO, realizado pelo Laboratório de Pesquisas da UniCarioca. Segundo o estudo, 45% dos entrevistados disseram que a lei pegou e já entrou no dia a dia de alguns cariocas, que já teriam abandonado o hábito de jogar lixo no chão. O principal motivo disso, de acordo com a pesquisa, seria a presença de fiscais na rua, que aplicam multas, de R$ 106 a R$ 3.400, a quem viola a lei. Os fiscais trabalham com mini-impressoras e palmtops, que permitem identificar os infratores pelo número do CPF.
 
 
Os dados são o resultado de um levantamento feito nos dias 12 e 13 deste mês, no Centro, com 784 entrevistados. O estudo foi feito apenas na região central da cidade, apesar de o programa estar implantado em mais de 97 bairros, das zonas Sul, Norte e Oeste. Segundo a Comlurb, houve uma redução de 22 mil toneladas de lixo coletadas nas regiões cobertas pela lei.
 
 
A advogada Adriana Barros, que sempre caminha pelas ruas do Centro, concorda que a cidade está mais limpa. Para ela, o medo de receber uma multa ajuda a inibir o descarte de lixo no chão. Outro motivo que ajuda a diminuir sujeira, diz, é a constante presença de fiscais atuando junto a quem insiste em sujar as ruas.
 
 
- Agora, penso duas vezes antes de jogar qualquer coisa no chão. Sempre vejo os fiscais caminhando pelo Centro e abordando infratores. Mesmo quando não há lixeira por perto, guardo o lixo na bolsa para jogar fora quando puder. Quando dói no bolso é difícil a pessoa cometer o erro duas vezes - diz.
 
Para 52%, lei não pegou
 
Apesar de quase a metade dos pesquisados acreditar no programa, 52% dos entrevistados dizem que a lei ainda não pegou. Outros 3% não responderam. Para os menos otimistas, a falta de educação da população ainda é um obstáculo para que as ruas se mantenham limpas. Outro fator que impede que o programa Lixo Zero seja cumprido, na opinião de parte dos entrevistados, é a falta de fiscais nas ruas que atuem de forma mais ostensiva.
 
 
Na manhã de ontem, uma equipe do GLOBO percorreu as ruas próximas ao Largo da Carioca e encontrou a região limpa. Ao longo de duas horas, foram flagradas seis pessoas jogando cigarros no chão. De acordo com um fiscal da Comlurb que fazia plantão no local, oito pessoas foram multadas. Quase a metade da média registrada há um ano.
 
 
- Hoje, quase 80% das ocorrências são de infratores que jogam cigarro no chão. A região tem seis lixeiras para evitar o descarte incorreto e muitas pessoas não cumprem a lei. Não é possível ter mais lixeiras, pois iriam atrapalhar o trânsito de pessoas - disse o fiscal, que pediu para não ter o nome divulgado.
 
Menos trabalho para gari
 
Para quem trabalha no local, o programa Lixo Zero provocou mudanças. A gari Alessandra Silva, de 35 anos, afirma que tem encontrado uma quantidade menor de lixo nas ruas depois da criação da lei.
 
- O que antes eu fazia em uma hora, agora eu termino em 40 minutos. O lixo diminuiu muito. Ao ver a cidade menos suja, acredito que as pessoas também repensam se vão jogar coisas no chão - diz Alessandra.
 
Procurada pelo GLOBO, em busca de números mais recentes, a assessoria da Comlurb informou que o balanço de um ano do programa Lixo Zero só seria divulgado hoje.
 
Números
 
91% são favoráveis à lei
 
Dos 784 entrevistados, apenas 6% dizem que são contra. Outros 3% são indiferentes.
 
45% dizem que a lei pegou
 
Para 52% das pessoas ouvidas, no entanto, os cariocas ainda não respeitam as novas regras.
 
Fonte: O Globo


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