Endereço: Rua José Antônio Marinho, 450
Barão Geraldo - Campinas, São Paulo - Brasil
Cep: 13084-783
Fone: +55 19 3289-5751
Email: idisa@idisa.org.br
Adicionar aos Favoritos | Indique esta Página

Entrar agora no IDISA online

Fábrica de mosquito transgênico antidengue abre em Campinas

30 de julho de 2014
 
Cientistas separam pupas machos e fêmeas de mosquitos
RAFAEL GARCIA ENVIADO A CAMPINAS (SP)
 
Municípios do interior sondam empresa em busca de parceria
 
Alimentados com ração para peixe e tendo à disposição um suprimento de sangue de carneiro, os mosquitos transgênicos da empresa britânica Oxitec, que inaugurou sua fábrica ontem em Campinas, podem se tornar uma nova opção no combate à dengue.
 
Com capacidade inicial para produzir 2 milhões de Aedes aegypti machos estéreis por semana, a companhia já negocia com alguns municípios a implementação de sua estratégia de erradicação do inseto vetor da doença.
 
Entre as prefeituras que enviaram representantes à inauguração da fábrica ontem, a de Piracicaba era aquela que estava em conversação mais adiantada para levar o serviço biotecnológico à cidade. Os municípios de Campinas, Nova Odessa e Americana também sondaram a Oxitec, mas não há nenhum acordo em negociação ainda.
 
A empresa, na verdade, não possui licença para comercializar o serviço, que deve ser concedida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A Oxitec já obteve aval da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança para conduzir testes de campo, porém.
 
A empresa fez uma proposta à prefeitura de Piracicaba para realizar um teste piloto numa área de proliferação concentrada do Aedes aegypti. Se o acordo vingar, os mosquitos devem ser soltos por volta de setembro, melhor época do ano para sabotar a reprodução do mosquito.
 
PLANOS DE EXPANSÃO
 
Apenas a fêmea de Aedes aegypti pica pessoas e transmite a dengue. O inseto transgênico macho da Oxitec impede a proliferação delas ao fecundá-las com esperma que gera filhotes inviáveis. Ao perder a oportunidade de copular com machos saudáveis, as fêmeas deixam de se reproduzir, e a população do mosquito começa a cair.
 
Apesar de parecer grande, a taxa atual de produção de mosquitos da Oxitec só comporta um plano de erradicação para uma zona habitada por 10 mil a 15 mil pessoas.
 
"Vamos construir instalações maiores no futuro", disse à Folha Glenn Slade, diretor global de negócios da empresa. "A estimativa de custo para implementar um programa de erradicação numa cidade de 50 mil pessoas seria entre R$ 2 milhões e R$ 5 milhões para o primeiro ano. Nos anos seguintes o custo anual cai para R$ 1 milhão."
 
A fábrica de Campinas usa uma linhagem de mosquitos geneticamente modificados desenvolvida na Inglaterra, mas não requer infraestrutura sofisticada. Dentro do prédio, o que mais se vê são gaiolas e recipientes para manter a colônia de mosquitos e suas larvas. Para separar machos e fêmeas --etapa essencial do projeto--, os cientistas monitoram o tempo de maturação das larvas e desenvolveram peneiras especiais.
 
Fonte: Folha de S. Paulo


Meus Dados

Dados do Amigo

Copyright © . IDISA . Desenvolvido por W2F Publicidade