O estado do Rio é o terceiro principal centro de produção de biotecnológicos do país, e receberá, até 2016, diversos investimentos públicos e privados em laboratórios de pesquisa e unidades fabris do segmento, entre eles duas unidades - uma de vacinas e outra de protótipos-, da Fiocruz. Atento a um mercado em crescimento e com grande poder de atração de mais empresas, o governo local já trabalha na criação de um polo para o setor.
O local escolhido é Santa Cruz, na zona Oeste carioca.
"O estado conta com três polos de pesquisa do setor, que contribuem para o desenvolvimento de novas tecnologias. Temos trabalhado muito no desenvolvimento desse mercado aqui", explica o secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno. "Em Santa Cruz, temos o espaço potencial para a criação deste cluster. Agora, chega a Bionovis em Jacarepaguá, onde já estão instaladas grandes empresas do setor", completa o secretário.
O desafio para acelerar a indústria esbarra na mão de obra qualificada, diz Odnir Finotti, presidente da Bionovis. "Temos brasileiros fazendo pesquisas no exterior, pesquisadores brasileiros espalhados pelo Brasil. Mas é preciso preparar pessoal. Ainda não temos profissionais em número suficiente e com experiência necessária na área de biossimilares no Brasil", alerta.
Enquanto isso, especialistas de outros países virão para o país ajudar a preparar brasileiros e participar do processo de desenvolvimento dessa indústria. Segundo ele, para que toda a indústria se sustente no Brasil e gere resultados, será preciso manter o atual arcabouço regulatório e jurídico, independentemente do governo que estiver à frente do país. "Essa deve ser uma política de governo, uma interação entre os setores privado e público", diz.