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Mais acesso à saude

02 de julho de 2014
 
A DESCENTRALIZAÇÃO, POR MEIO DA CRIAÇÃO DE HOSPITAIS E POLICLÍNICAS REGIONAIS, FAZ PARTE DA META DO GOVERNO CEARENCE DE CRIAR A MAIOR REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO PAÍS. O MODELO TEM POR OBJETIVO FACILITAR O ACESSO E O ATENDIMENTO À POPULAÇÃO EM LOCALIDADES PRÓXIMAS ÀS MORADIAS, SEM QUE HAJA NECESSIDADE DE DESLOCAMENTOS PARA A CAPITAL
 
Determinado a dar atenção especial à saúde, o governo do Ceará planejou, em 2007, descentralizar o atendimento em todos os níveis, básico, secundário e terciário. A estratégia vem dando resultado, pois está sendo concluída a mais completa rede de assistência à saúde do país. "Estar mais perto da pessoa necessitada de atendimento significa prestar melhor serviço e desonerar os hospitais da capital", avalia Acilon Gonçalves, secretario executivo da Secretaria de Saúde do Ceará. Outro ponto que merece destaque é o avanço na realização de transplantes, que saltou de 446, em 2006, para 1.361, ano passado.
 
Além disso, há outros avanços: o estado contabiliza a construção de quatro hospitais regionais, 19 policlínicas também regionais, ampliando o acesso da população do interior aos especialistas, 19 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), 22 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24 horas), sendo seis na capital e o restante no interior. Presente em mais de 100 cidades cearenses, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), até setembro, cobrirá todos os 184 municípios do Ceará. Para manter esse atendimento, o governo desembolsa, anualmente, R$ 300 milhões em custeio. "Esse é o mais ousado projeto de atendimento de urgência com base nos municípios", afirma Acilon Gonçalves.
 
Segundo ele, as necessidades básicas de saúde são incentivadas por meio do Programa Saúde da Família (PSF). Nesse segmento deve ser destacado o apoio do estado aos municípios, com financiamento da construção de 150 unidades básicas de saúde em 150 cidades cearenses e na aquisição de equipamentos e veículos - investimento de R$ 26,6 milhões. No nível secundário, o governo deu ênfase à criação da rede de policlínicas regionais ampliando o acesso da população a especialistas - como mastologista, otorrinolaringologista, endocrinologista, neurologista, angiologista, traumatologista - e realização de exames complexos como tomografia computadorizada.
 
Das 22 policlínicas projetadas, 19 funcionam em Baturité, Acaraú, Camocim, Itapipoca, Sobral, Brejo Santo, Iguatu, Limoeiro do Norte, Aracati, Russas, Campos Sales, Tianguá, Quixadá, Pacajus, Icó, Tauá, Barbaiha, Caucaia e Crateús. As outras três estão em fase de conclusão em Maracanaú, Canindé e Crato. Assim, a população passou a fazer exames na própria região onde mora, o que antes era realizado apenas no Hospital Geral de Fortaleza, na capital.
 
No segmento terciário de saúde, o Ceará tem dois hospitais regionais em pleno funcionamento: Hospital Regional do Cariri, com 300 leitos, que fica em Juazeiro do Norte, a 600 km de Fortaleza, que há três anos atende a população de 1,4 milhão de habitantes de 45 municípios; e o Hospital Regional Norte, em Sobral, com atendimento a 1,5 milhão de habitantes, de 55 municípios. O terceiro é o Hospital e Maternidade do Sertão Central, em Quixeramobim, também com 300 leitos, que ficará pronto ainda em 2014 e atenderá 650 mil habitantes de 20 municípios. Mais dois hospitais regionais estão em fase de licitação para construção, o Hospital Regional Metropolitano, em Maracanaú, para atender a população da capital e dos municípios da Região Metropolitana, e o Hospital do Litoral Leste do Vale do Jaguaribe. Interiorizar a saúde não significa deixar de lado o atendimento na capital. O Hospital Geral de Fortaleza ganhou novas unidades de hemodiálise, de AVC e novo laboratório. Além disso, os outros sete hospitais que compõem a rede pública estadual, em Fortaleza, foram ampliados e reformados.
 
GESTÃO CONSORCIADA
 
A rede de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) cearense, construída em parceria com o Ministério da Saúde, presta atendimento 24 horas, inclusive nos feriados e fins de semana. Atualmente, o Ceará tem uma UPA para cada 100 mil habitantes, mas a meta governamental é aumentar a rede. "Nosso objetivo é ter uma UPA para cada conjunto de 50 mil habitantes. Devemos atingir esse número até o fim do ano", adianta Gonçalves, ressaltando que os municípios menores se consorciam com os vizinhos para ter acesso ao atendimento na UPA.
 
Para resolver o problema de saúde bucal, o governo vem investindo nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), rede regional que conta com 19 unidades no estado. Para conseguir viabilizar a expansão dos CEOs - em 2007 eram cinco e atendiam apenas a população do município onde estavam instaladas - o governo cearense recorreu ao sistema de consórcio público para tocar a gestão, do qual fazem parte o estado, os municípios da região e o Ministério da Saúde, que rateiam os custos mensais dos centros regionais. Além disso, os CEOs atendem a população da região e não apenas.de um município. 0 mesmo esquema é adotado nas policlínicas regionais. Com essa estratégia, o governo do estado vem superando a falta de recursos.
 
Fonte: O Globo


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