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STF realiza na segunda-feira (26) audiência pública sobre internações no SUS

Sexta-feira, 23 de maio de 2014
 
Na segunda-feira (26), às 14h, o Supremo Tribunal Federal (STF) realizará audiência pública, convocada pelo ministro Dias Toffoli, para ouvir depoimentos de autoridades e especialistas sobre a chamada “diferença de classe” em internações hospitalares pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Cada um dos 14 expositores terá 15 minutos para defender sua opinião quanto à possibilidade de melhoria no tipo de acomodação do paciente e a contratação de profissional de sua preferência mediante o pagamento da respectiva diferença. 

A questão será julgada pelo Supremo no Recurso Extraordinário (RE) 581488, interposto pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CREMERS) contra decisão da Justiça Federal da 4ª Região desfavorável a sua pretensão de restabelecer a prática, proibida desde 1991. A matéria constitucional tratada no RE teve repercussão geral reconhecida.

O tema

A discussão, conforme o relator do processo, ministro Dias Toffoli, consiste em saber se uma pessoa que está se utilizando dos serviços do SUS pode ter acesso a uma acomodação melhor, bem como escolher profissionais da saúde de sua preferência, pagando uma diferença. O ministro ressaltou que a internação hospitalar com “diferença de classe” no Sistema Único de Saúde faria com que “pessoas com menos posses fossem para um sistema mais precário e pessoas com mais posses, mesmo se utilizando do SUS, tivessem acesso a um serviço melhor de saúde”. Segundo ele, a Corte precisa compreender se essa internação diferenciada funcionaria no dia a dia de um hospital e se ela fere a Constituição Federal de 1988. 

De acordo com o ministro, o debate jurídico em relação ao tema é importante porque o Supremo é responsável pela guarda da Constituição Federal e deverá analisar se a matéria fere ou não os princípios constitucionais da universalidade de acesso à saúde “ou se estaríamos a construir classes e subclasses entre aqueles que utilizam o serviço gratuito do Sistema Único”. 

O julgamento pelo Plenário do Supremo, segundo o ministro Dias Toffoli, deve ser realizado não só à luz da Constituição Federal, mas também com base na realidade hospitalar, dos serviços médicos e dos usuários, o que deve ser abordado pelos participantes durante a audiência pública. Com as informações trazidas pelos especialistas, prossegue o relator, os ministros irão analisar se a questão cumpre os princípios constitucionais que consagram o SUS como um acesso igual ou se isso cria diferença entre pessoas. 

Expositores 

A audiência pública contará com a participação de 14 expositores, entre as partes do processo – Conselho Regional Medicina do Rio Grande do Sul, município de Canela, Estado do Rio Grande do Sul e União, representada pelo ministro de Estado da Saúde, Arthur Chioro – e os inscritos por entidades representativas de usuários, entidades hospitalares e conselhos de Estado. Também falarão a respeito do tema a Procuradoria Geral da República, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), entre outros.

Clique aqui para ver o cronograma.

Audiências públicas

Para o ministro Dias Toffoli, o instituto da audiência pública é importante porque, “para a deliberação jurídica, é necessário ter a compreensão da realidade fática que está ocorrendo no mundo real e não só no mundo das normas ou da Constituição Federal”. O relator ressaltou que as audiências públicas fortalecem a democracia, uma vez que a própria sociedade, sendo ouvida e trazendo os seus argumentos e a sua realidade, tem maior participação democrática no Estado brasileiro, o que “qualifica a decisão judicial com elementos que nutrem a realidade juntamente com o aspecto técnico-jurídico”. 

EC/EH
 
Fonte: STF


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