Endereço: Rua José Antônio Marinho, 450
Barão Geraldo - Campinas, São Paulo - Brasil
Cep: 13084-783
Fone: +55 19 3289-5751
Email: idisa@idisa.org.br
Adicionar aos Favoritos | Indique esta Página

Entrar agora no IDISA online

Brasil supera média global de consumo de álcool

13 de maio de 2014
 
São 8,7 litros per capita, contra 6,2 litros no mundo; OMS alerta para 3,3 milhões de mortes anuais
 
Flávia Milhorance
 
O consumo de álcool no Brasil está acima da média mundial, segundo um relatório publicado ontem pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O brasileiro com 15 anos ou mais bebe 8,7 litros por ano, contra 6,2 litros na média de todos os países. O índice está também acima da média do continente: 8,4 litros. Por causa do abuso do álcool, 3,3 milhões de pessoas morreram apenas em 2012, o que representa 5,9% de todas as mortes. As razões vão desde câncer até violência, mas o documento aponta que o hábito está relacionado ao desenvolvimento de mais de 200 doenças.
 
O documento ressalta que menos da metade da população (38,3%) consome álcool, ou seja, aqueles que de fato bebem consomem uma média de 17 litros por ano. No caso do Brasil, são 15,1 litros. Apesar dos números desanimadores, a tendência é de redução. Em 2015, a expectativa é que essa média caia para 9,1 litros de álcool por ano. Em 2020, subirá um pouco: 9,6 litros; e em 2025, novamente: 10,1 litros.
 
O Brasil está na frente de uma série de países, como Cuba (8,3 litros), Itália (9,9), México (12,7), Colômbia (12,9), França (12,9), Canadá (13,2), Estados Unidos (13,3), Chile (14,6), e Alemanha (14,7). Mas está atrás, por exemplo, de Portugal: aqueles que consomem álcool chegam a beber 22,6 litros por ano, em média.
 
É preciso mais esforços para proteger populações das consequências negativas à saúde por conta do consumo de álcool. Não há espaço para complacência cobrou Oleg Chestnov, especialista da OMS em doenças crônicas e saúde mental.
 
Homens são mais afetados do que as mulheres. No Brasil, por exemplo, a média é de 13,6 litros entre eles, contra 4,2 para elas.
 
Existe uma razão biológica. A mulher tem mais tecido adiposo (de gordura) do que o homem, e isto faz com que o efeito do álcool nele seja menor. Três copos de chope para um homem equivalem a um copo e meio para a mulher explica Analice Gigliotti, chefe do Serviço de Dependências Químicas e Comportamentais da Santa Casa da Misericórdia do Rio. É fato que existe um estímulo maior de consumo entre homens, mas, com a emancipação da mulher, ela passa a copiar os bons e maus hábitos do homem e, por isso, acabou aumentando o consumo de álcool.
 
A bebida preferida dos brasileiros é a cerveja (59,6%), seguida dos destilados (36%). A apenas 4% têm o hábito de beber vinho. Um dado preocupante é o de casos de abuso do consumo, ou seja, aqueles que relataram ter exagerado no álcool até 30 dias anteriores ao preencherem o questionário do estudo. No mundo, a média é de 7,5%, contra 12,7% dos brasileiros. Com isso, 2,8% da população brasileira é considerada dependente da bebida alcoólica.
 
O Relatório Global sobre Álcool e Saúde cobriu 194 países e observou o consumo de álcool, seus impactos na saúde pública e respostas de políticas de combate. O estudo descobriu que alguns países estão reforçando suas medidas para proteger as pessoas do consumo exagerado. Elas incluem o aumento de impostos sobre o álcool, a limitação da disponibilidade do produto por meio da imposição de limites de idade e a regulamentação da divulgação.No caso brasileiro, a OMS aponta que não existem restrié o total ções para compra de bebidas mundial alcoólicas, nem o controle deatribuído ao propagandas. Estes fatores são álcool também citados por Analice segundo o " cômo principais agentes para levantamento tornarem o álcool tão popular, da OMS As propagandas de bebida alcoólica estão, inclusive, claramente direcionadas ao público jovem, e isto banaliza o consumo nesta faixa etária a no Brasil tal ponto que uma festa de preferem a adolescentes que não tiver bebida é considerada um mico.
 
Pais Ficam reféns disto e esquecem que o consumo por jovens é até ilegal. Além de aceito socialmente, o consumo é estimulado - ressalta.
 
A especialista também critica a fraca fiscalização da venda do álcool para menores e o enorme número de bares próximos uns dos outros:
 
Seria preciso ter distâncias maiores entre eles, o que diminuiria inclusive o consumo de drogas, pois uma coisa acaba levando à outra.
 
Pessoas mais pobres são geralmente as mais afetadas pelas consequências sociais e à saúde ocasionadas pelo uso do álcool, segundo o relatório.
 
Elas frequentemente carecem de cuidados à saúde de qualidade e são menos protegidas por redes funcionais de família e comunidade observou Chestnov.
 
Globalmente, a Europa tem o maior consumo de álcool por pessoa. A OMS disse que a análise de tendências globais mostra que o consumo tem sido estável nos últimos cinco anos na Europa, na África e nas Américas. Mas tem crescido no Sudeste Asiático e na região ocidental do Pacífico.
 
Números 5,9 % DAS MORTES é o total mundial atribuído ao álcool,segundo o levantamento da OMS 59.6% DE PESSOAS no Brasil preferem a cerveja 2,8% NO PAÍS são definidos como dependentes do álcool
 
Fonte: O Globo


Meus Dados

Dados do Amigo

Copyright © . IDISA . Desenvolvido por W2F Publicidade