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UPA Imbiribeira: única empresa pública do ranking
Em série especial com as Melhores Empresas para Trabalhar em Saúde, saiba como a empresa pernambucana gere seus talentos
Quando assumiu, há três anos, a presidência da Unidade de Pronto Atendimento Maria Esther Souto de Carvalho, UPA da Imbiribeira – que é gerida pelo IPAS (Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde)-, Cristiana Azevedo Melo traçou o trabalho em equipe como principal desafio e caminho para o sucesso da empresa. “Usei o case da escola de Bauhaus, na Alemanha, como referência. Hoje, essa cultura de trabalho em equipe está, inclusive, no nosso organograma”, explica a presidente. Além de unificar matérias complementares (como arquitetura e desenho industrial, por exemplo), a escola de Bauhaus foi pioneira ao usar o trabalho em equipe como principal diretriz de ensinamento.
A cultura fomentada por Cristiana gerou resultados. A UPA da Imbiribeira, que começou as atividades em 2010, aparece este ano em 28° lugar entre as 35 melhores empresas de saúde para se trabalhar, sendo a única entidade pública presente no estudo. Esta é a terceira vez que a instituição aparece entre as melhores empresas da GPTW, tendo sido referenciada em pesquisa estadual dos anos 2011 e 2012.
Para Cristiana, o desenvolvimento das atividades com o foco nos colaboradores é uma das principais razões para a empresa conquistar o título. “Fomentamos um bom lugar para se trabalhar pensando na pessoa enquanto colaborador e ser humano, com todas as suas particularidades. Os processos aliados a um sistema informatizado e robusto, como o que usamos, também colaboram e permitem que a assistência à saúde seja feita de maneira segura e com qualidade”, pontua.
A UPA da Imbiribeira é a única unidade de saúde pública do Brasil a funcionar sem papel e, por conta dessa inovação, recebeu em 2012 a certificação de excelência (nível 3) oferecida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e a certificação ISO 31000 (específica para a área de risco). Em parceria com a MV Sistemas, a UPA digitalizou todo o seu processo. Além de prontuário eletrônico, são usados sistemas de gerenciamento e acompanhamento. Todos sem o uso de papel.
Os ganhos, segundo Cristiana, vão além da racionalização do consumo de papel e da gestão da qualidade do serviço, promovem o desenvolvimento de protocolos assistenciais e multidisciplinares, aumentam a segurança para que a prática de assistência à saúde seja completamente confiável e, sobretudo, colaboram para o desenvolvimento das pessoas. “Temos hoje a certificação de excelência. A busca pela qualidade é princípio do IPAS. Comprovamos que é possível desenvolver uma saúde pública com princípios antes utilizados apenas pela saúde suplementar”, ressalta.
A melhora da produtividade e dos resultados alcançados se deve muito ao perfil de funcionários que a empresa possui. São na maioria jovens, treinados e capacitados pela própria UPA, que possui um percentual de promoção muito maior do que o de admissão (veja tabela). “Acreditamos que a experiência do profissional não é condição prioritária para a sua contratação, e sim, o alinhamento com os nossos princípios, inclusive com a capacidade de sonhar”, ressalta Cristina, explicando que, antes de contratar um colaborador, a empresa realiza um estudo capaz de identificar a particularidade de cada profissional do ponto de vista epidemiológico e psicológico. “Neste processo verificamos a forma que cada um mais se motiva para o trabalho, o que nos permite praticar ações que estimulem a motivação e, por conseguinte, a inovação. O resultado é sempre uma maior produtividade.
Fonte: Saúde Web
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