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No RS, ministério recolhe lote de 89 mil vacinas anti-HPV

28 de março de 2014
 
Medida foi adotada depois que seis meninas tiveram reações graves após dose
 
Flávio Ilha
 
A secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul recolheu preventivamente ontem um lote de 89 mil vacinas anti-HPV, depois que seis adolescentes - cinco em Porto Alegre e uma em Veranópolis, na Serra gaúcha - apresentaram reações atípicas depois da primeira dose. Uma delas teve convulsões.
 
Os cinco casos de Porto Alegre foram registrados na segunda-feira. O de Veranópolis, no último dia 20. Os nomes das adolescentes foram mantidos em sigilo, mas as reações apresentadas foram consideradas graves pelo Ministério da Saúde.
 
Em nota conjunta, a pasta e a secretaria estadual atestam que a vacina é segura e utilizada em 51 países desde 2006 "sem registros de eventos que pudessem pôr em dúvida sua segurança" O texto ressalta ainda que o Centro Estadual de Vigilância em Saúde foi notificado e já investiga os casos.
 
As cinco adolescentes de Porto Alegre têm 13 anos e sofreram de mal estar, dor de cabeça e náuseas. Três precisaram de atendimento de emergência, mas já foram liberadas. A menina de Veranópolis, de 11 anos, teve uma crise convulsiva e segue sob acompanhamento neurológico.
 
Segundo a nota conjunta, a ocorrência de convulsões não foi confirmada por estudos internacionais, e isso levou ao recolhimento do lote de onde vieram todas as doses dadas às seis meninas.
 
Segundo a coordenadora do Programa de Vacinação do RS, Tani Ranieri, as adolescentes continuam sendo acompanhadas, e nenhuma tinha histórico de epilepsia, causa comum de convulsões.
 
- É necessário ter cuidado nesses casos porque o medicamento pode levar a culpa no lugar de problemas anteriores, que não eram conhecidos e foram desencadeados pelo produto - diz ela.
 
 
Além desses casos, foram registradas no estado outras 30 ocorrências de reações adversas leves, como tontura e desmaios. A aplicação da vacina tem como meta proteger adolescentes de 11 a 13 anos contra a infecção pelo HPV. Até ontem, 116 mil doses haviam sido aplicadas. A meta é vacinar 206 mil meninas.
 
A vacina, oferecida na rede privada por R$ 400, é fabricada pelo laboratório americano Merck Sharp & Dohme. Segundo a campanha, a segunda dose deverá ser aplicada em setembro, e um reforço final, daqui a cinco anos.
 
- Em campanhas massivas, o surgimento de reações adversas raras sempre aparece. O recomendável é que a segunda dose não seja aplicada - diz Juarez Cunha, do Comitê de Infectologia e Cuidados Primários da Sociedade Gaúcha Pediátrica.
 
O epidemiologista Eno Filho acha, por sua vez, que a campanha é "inadequada"
 
- Os casos de reações graves reforçam a sensação de que a vacina foi introduzida precoce e inadequadamente. Até 2011, o ministério divulgara parecer não recomendando incluir anti-HPV no calendário vacinai. De lá para cá, não se produziram evidências científicas que justificassem a mudança.
 
A vacinação continua em todo o estado conforme calendário pré-definido.
 
Fonte: O Globo


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