O Ministério da Saúde suspendeu a parceria com a Labogen, EMS e o Laboratório Farmacêutico da Marinha após ser questionado pela Folha e ter recebido a investigação da Polícia Federal.
Uma sindicância vai apurar o envolvimento do diretor de inovação da pasta, Eduardo Jorge Oliveira. Nenhum pagamento foi feito até agora.
A Marinha diz que seu laboratório cuidaria do controle de qualidade e do registro do medicamento na Anvisa.
Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo de São Paulo, disse que "Eduardo Jorge Oliveira é um servidor público reconhecido pela postura técnica, servindo ao ministério antes de 2011", quando ele assumiu a pasta.
Padilha afirma que "nunca recebeu informação que desabonasse sua conduta".
O ex-ministro disse que "lamenta e repudia fortemente o envolvimento do seu nome em reportagens sobre a Operação Lava Jato", já que não há acusação contra ele.
O advogado Haroldo Natert, que defende Leonardo Meirelles, da Labogen, diz que não pode se pronunciar porque o inquérito está sob segredo de Justiça. O valor da Labogen, para ele, deve-se a patentes de drogas que têm.
A EMS disse que a parceria "está em conformidade com os critérios técnicos".