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O que ainda emperra o SUS

Após 25 anos de criação, o SUS é referência mundial. No Brasil, apesar dos avanços, usuários ainda não têm seus direitos garantidos
 
“Aí as pessoas perguntam: então muita gente ainda vai ter de morrer esperando sua vez? Infelizmente”. A pergunta seguida da triste resposta são do presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Antônio Carlos Nardi, sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). No auge das suas bodas de prata, o SUS faz valer um pouco mais o que garante a Constituição Federal que o criou, em 1988. Mas como a citação acima já reconhece: muita gente ainda sofrerá à espera de uma estrutura menos penosa, morosa e humilhante.
 
 
As concepções otimistas de gestores e especialistas se pautam, essencialmente, por uma maior abrangência das ações de imunização, pela redução dos índices de mortalidade infantil e materna, a efetivação da assistência odontológica e de atenção primária, além dos avanços em iniciativas de promoção à saúde. Do outro lado da balança, financiamento reduzido, precarização das relações de trabalho, deficiência da rede de urgência, qualidade de atendimento insatisfatória, fortalecimento do setor privado e tímida participação popular são alguns dos gargalos que ainda distanciam o cidadão do direito à saúde como dever do Estado.
 
 
O emaranhado de órgãos, obrigações, teorias, números e sistemas dentro do SUS é complexo, misterioso e, muitas vezes, desorganizado. Por trás das conhecidas macas nos corredores, filas nos postos, falta de profissionais e da espera angustiante por médicos especialistas, uma engrenagem tenta levar adiante os princípios constitucionais de universalidade, integralidade, equidade, descentralização e participação popular. Ainda não consegue. A mecânica do SUS, fonte de inspiração para outros países, ainda não funciona ajustada, os eixos não se encaixam e o movimento não alcança as necessidades do usuário.
 
 
O Ciência & Saúde desta semana fará o desmembramento de alguns dos princípios do SUS, de acordo com especialistas, técnicos e conselheiros que integram o sistema. Da universalização da informação através da tecnologia ao momento crucial do encontro entre o cidadão e o serviço. O substituto do antigo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) é esperança, espelho, lei e assistência. A sociedade precisa conhecê-lo melhor para defendê-lo com mais afinco. O poder público precisa cumpri-lo e fazer valer o direito de todos os brasileiros.
 
 
*A repórter viajou a convite da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP).
 
Fonte: O Povo Online


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