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Cubano foge para os EUA após deixar o Mais Médicos

11 de fevereiro de 2014
 
DE BRASÍLIA
 
Ortelio Guerra havia chegado ao Brasil em dezembro e atuava no interior de SP
 
Em rede social, ele disse que, por 'questões de segurança', deixou cidade onde trabalhava sem avisar a ninguém
 
Após Ramona Rodriguez ter abandonado o Mais Médicos, outro cubano anunciou ter deixado o programa federal. Ortelio Jaime Guerra postou ontem de madrugada mensagens numa rede social afirmando ter chegado aos Estados Unidos.
 
Guerra trabalhava em Pariquera-Açu, cidade no interior de São Paulo. Ele chegou ao Brasil para trabalhar no programa em dezembro, segundo o Ministério da Saúde.
 
A pasta informou que a coordenação estadual do Mais Médicos constatou na sexta, ao checar informação de que o cubano descumpria a carga horária, que ele havia abandonado o programa.
 
VISTO
 
Os EUA possuem um programa de vistos específicos para profissionais cubanos em missão no exterior que não querem retornar à Cuba.
 
"Meus amigos de Pariquera-Açu, eu preciso que vocês saibam que tive que ir embora de lá sem falar isso pra ninguém por questões de segurança", disse o médico na rede social, em um misto de português e espanhol.
 
"Estou bem, agora nos Estados Unidos. (...) Preciso dar este passo. Sempre me sentirei muito orgulhoso de minha terra e minhas raízes."
 
Segundo seu perfil, ele é especialista em nefrologia, formado no Instituto Superior de Ciências Médicas de Camaguey.
 
A Secretaria de Saúde de Pariquera-Açu confirmou a desistência do médico, sem dar detalhes. A Embaixada dos EUA afirmou que não comenta casos individuais.
 
Ainda não ficou esclarecido se Guerra deixou o Mais Médicos por alguma razão específica e decidiu não voltar para Cuba ou se ele usou o programa para ir aos EUA.
 
Na semana passada, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que, do total de 5.378 profissionais do programa em atuação, 22 cubanos desistiram, 17 deles por questões de saúde. Outros cinco alegaram motivos pessoais e retornaram a Cuba.
 
Ao todo, entre brasileiros e estrangeiros, 102 (1,9%) foram desligados do programa.
 
Na semana passada, a médica cubana Ramona Rodriguez declarou ter deixado o programa por se sentir "enganada" pelo governo de seu país ao descobrir que profissionais de outras nacionalidades recebem salário muito maior no Mais Médicos.
 
Ramona depôs ontem no Ministério Público do Trabalho, em Brasília, e contou detalhes de sua rotina em Pacajá (PA), onde trabalhava.
 
Ela solicitou à embaixada dos EUA o visto específico para médicos cubanos.
 
Hoje, atuam no Brasil pelo Mais Médicos 7.400 profissionais cubanos, vindos ao país por um acordo com a Opas, braço da Organização Mundial da Saúde nas Américas.
 
Fonte: Folha de S. Paulo


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