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SUS adota softwares analíticos para aprimorar a gestão de medicamentos

30 de janeiro de 2014
 
Projeto com a americana MicroStrategy integra programa de investimento de R$ 100 milhões
 
Moacir Drska
 
A falta de medicamentos ou mesmo o desperdício de remédios estocados com data de validade vencida são alguns dos velhos e crônicos sintomas que compõem o desafio da saúde pública no Brasil. Diante desse diagnóstico crítico, o Datasus - órgão de tecnologia da informação (TI) do Ministério da Saúde - investiu em um projeto para aprimorar a análise dos dados gerados pelas cerca de 17 mil unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Parte de um programa de investimentos de R$ 100 milhões, a iniciativa envolveu a adoção de softwares analíticos da americana MicroStrategy e começou a ser implantada no fim de 2012.
 
A nova plataforma está integrada ao Hórus, sistema de gestão da assistência farmacêutica criado pelo Ministério em 2009. O Hórus centraliza as informações das cerca de 17 mil unidades do SUS, entre hospitais, farmácias e postos de saúde. A partir dessa visão única da rede, os softwares analíticos permitem cruzar dados e gerar uma série de relatórios para a tomada de decisões. Entre as diversas aplicações, o sistema permite identificar remédios que estão perto do prazo de validade em uma determinada unidade e remanejá-los para outro local que está enfrentando problemas na distribuição daquele mesmo produto. "Antes, não tínhamos essas informações. Com os sistemas de análise, conseguimos refinar a gestão dos recursos e reduzir o desperdício", diz Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.
 
Em outra frente, é possível identificar os medicamentos mais requisitados em cada região e controlar como o acesso a cada tipo de remédio está influenciando na redução ou não das internações decorrentes de determinadas doenças. "Cada gestor pode gerar relatórios específicos de acordo com as demandas de sua região e, ao mesmo tempo, conseguimos ter uma visão única e transparência para controlar a distribuição, os custos e a eficiência das políticas do Ministério para ampliar o acesso aos medicamentos", afirma Gadelha. "A partir desse projeto e de outras iniciativas, nossa previsão é economizar R$ 3 bilhões nesse ano", acrescenta.
 
Com adesão voluntária, o sistema já é usado por 1,2 mil municípios no país. Segundo o secretário, o objetivo é cobrir todas as cidades em um prazo de três anos.
 
O Datasus já desenvolveu outros projetos com a MicroStrategy. Entre outras ações, os softwares da companhia foram usados para monitorar o número de casos de malária e dengue, e identificar eventuais focos de epidemia dessas doenças. "Um ponto importante do software é o fato dele permitir uma gestão proativa", diz Cynthia Bianco, gerente-geral da MicroStrategy no Brasil.
 
Segundo a executiva, o setor de saúde - tanto na esfera pública como na privada - vem ampliando os investimentos em TI, mas ainda não figura entre os principais segmentos de atuação da MicroStrategy. "Nosso software tem sido muito adotado na gestão de medicamentos, leitos e equipamentos, mas os projetos são pontuais. O setor é cauteloso e ainda não chegou a um estágio de investimentos constantes em TI", diz.
 
"Com a implantação dos sistemas analíticos e a adoção de uma série de outras políticas de saúde pública, nossa estimativa é gerar uma economia de R$ 3 bilhões nesse ano"
 
Carlos Gadelha, Secretário de Tecnologia do Ministério da Saúde
 
Fonte: Brasil Econômico


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