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Novo tratamento pode eliminar câncer do pâncreas em seis dias

07 de janeiro de 2014
 
Pesquisadores desenvolveram droga que leva o sistema imunológico do corpo a matar as células cancerígenas.
 
LONDRES - Pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, dizem ter descoberto um tratamento que poderia eliminar o câncer de pâncreas em cerca de uma semana. Após identificarem como funciona a barreira protetora que circunda os tumores, os cientistas desenvolveram uma droga que consegue rompê-la, permitindo que o sistema imunológico do corpo mate as células cancerígenas.
 
Testes iniciais do tratamento - que consiste em doses do medicamento combinadas com uma substância que potencializa a ação das células de defesa do organismo - resultaram na eliminação quase total do câncer em camundongos em seis dias. As conclusões foram divulgadas na publicação científica americana PNAS. De acordo com a Universidade de Cambridge, é a primeira vez que se consegue um resultado como este em pesquisas sobre o câncer de pâncreas.
 
O tratamento também poderia ser usado em outros tipos de tumores sólidos - como em casos de câncer de pulmão e câncer de ovário - caso seja bem sucedido. O câncer de pâncreas, um dos mais letais, é a oitava causa mais comum de mortes por câncer no mundo. Ela afeta homens e mulheres igualmente e é mais frequente em pessoas com idade acima dos 60 anos. De acordo com o levantamento mais recente do Ministério da Saúde, a doença matou mais de 7.700 pessoas no Brasil em 2011.
 
Barreira - A nova pesquisa, liderada pelo professor Douglas Fearon, observou que a barreira em volta das células do câncer é formada pela proteína quimiocina CXCL12, que é produzida por células especializadas do tecido conjuntivo - responsável por unir e proteger os outros tecidos.
 
A proteína envolve as células do câncer e forma uma espécie de escudo contra as células T - que fazem parte do sistema de defesa do organismo. O novo tratamento impede que as células T interajam com a proteína CXCL12. Desta forma, o "escudo" deixa de funcionar e as células conseguem penetrar no tumor. "Ao permitir que o corpo use suas próprias defesas para atacar o câncer, esta solução tem o potencial de melhorar muito o tratamento de tumores sólidos", disse Fearon.
 
De acordo com a Universidade de Cambridge, ainda não há data para testes clínicos em seres humanos. Por apresentar poucos sintomas em seus estágios iniciais, o câncer pancreático costuma ser diagnosticado somente em estágio mais avançado. O fundador da Apple, Steve Jobs, e o ator americano Patrick Swayze estão entre as vítimas famosas da doença.
 
Mais
 
O número de pessoas diagnosticadas com câncer no mundo somou mais de 14 milhões no ano passado, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Os dados revelam um aumento acentuado em relação a 2008, quando 12,7 milhões foram registrados. Nesse período, o número de mortes também cresceu, de 7,6 milhões para 8,2 milhões. Segundo a OMS, a maior incidência do câncer vem sendo impulsionada por uma rápida mudança no estilo de vida dos países em desenvolvimento, que cada vez mais se assemelha ao dos países industrializados.
 
Fonte: O Estado do Maranhão


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